Segurança: Autoridades discutem soluções e apresentam resultados

Autoridades de segurança, representantes do Ministério Público, Prefeitura, Câmara e Imprensa, estiveram reunidas ontem pela manhã, discutindo soluções e divulgando os resultados das ações que estão sendo realizadas para tentar a diminuição da criminalidade em Penápolis. A reunião, que começou por volta das 10h, foi promovida pelo Conseg (Conselho Municipal de Segurança) e realizada no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, que fica na Casa do Advogado, na avenida Cunha Cintra, 581. Esteve presente o juiz Luciano Brunetto Beltran, o promotor de justiça, Fernando César Burghetti, presidente da Câmara de Vereadores, Ivan Eid Sammarco, procurador geral do município, Paulo Sérgio Ferreira Barroso de Castro (representando o prefeito João Luis dos Santos), delegado do município Mauro Gabriel, comandante da Polícia Militar, capitão Paulo Augusto Leite Motooka, Tenente Flávio B. Zambrosi, Sargentos da PM e o presidente do Conseg João dos Santos, o Jaó.

Índices
O capitão Motooka, durante seu pronunciamento, relembrou a todos os presentes que os índices dos crimes na cidade estão dentro da normalidade, mostrando um mapa estatístico durante o período de janeiro a novembro deste ano, fazendo uma comparação com 2007. O oficial destacou que no ano passado foram registrados 1.322 furtos, sendo este ano 801. Com relação ao furto de veículos, até o momento foram registrados 51 contra 71 em 2007; o número de homicídios permanece iguais ao período anterior, quatro. “Penápolis é a melhor cidade da região em questão de segurança”, comenta. Para Motooka, apenas o roubo de veículos teve um significativo aumento, de oito no ano passado pulou para 17 este ano. Ele comparou os índices de roubos com outras cidades da região: Birigui 294; Araçatuba 557 e Penápolis 93. “Mesmo que estes números sejam considerados alarmantes pela população, estão dentro da normalidade”, destaca. O capitão lembrou que a PM tem o atendimento voltado também à escolta de presos, Proerd, Operação Caça-Níqueis, eventos esportivos e outras atividades. "Isso faz com que os policiais que poderiam ser empregados na segurança da população sejam desviados para outras funções", diz. O vereador Ivan Sammarco, além de elogiar o trabalho realizado pelos policiais, pediu esclarecimentos sobre o ponto em que muitas pessoas comentam de que a Polícia Militar está mais preocupada com o trânsito do que percorrer os bairros para um trabalho preventivo. “Nossas viaturas são deslocadas para os bairros que são alvos preferidos dos bandidos. De janeiro a novembro tivemos seis mil ocorrências atendidas, sendo feitas 22.790 buscas pessoais e 20 mil buscas em veículos por meio de blitz realizadas nas ruas da cidade”, conclui Motooka.

Greve da Polícia Civil
Um dos fatores que contribuiu para o aumento da violência, segundo explica Mauro Gabriel, foi a greve da Polícia Civil. “Com a greve, as pessoas que tinham intenção de cometer delitos, sentiram-se mais à vontade”, cita. O delegado destacou que mesmo com a paralisação por parte dos policiais civis, foram feitos constantes mandatos e apreensões na cidade, com destaque para a maior apreensão de drogas que aconteceu na cidade. “Nosso objetivo é promover uma sensação de segurança para a comunidade, onde a maioria dos homicídios registrados já foram esclarecidos”, diz. Entre os resultados apresentados, Mauro Gabriel esclareceu a todos que até o momento a Polícia Civil efetuou 90 mandatos de prisão, 104 mandatos de busca e apreensão, 50 prisões em flagrante e 20 flagrantes de roubo. “Mais de 50% dos roubos cometidos são de bicicletas e celulares, onde estas pessoas não possuem antecedentes criminais, o que acaba dificultando um pouco nosso trabalho”, finaliza. (IA)

Foto: Dentre os assuntos abordados, foram divulgados os trabalhos realizados pelas Polícias Militar e Civil na cidade