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CIDADE & REGIÃO

06/06/2019

Santa Casa: Médicos atendem pedido e adiam paralisação

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Atendendo pedido da administração da Santa Casa, atendimento será mantido pelos médicos, pelo menos até a próxima segunda-feira (10)

DA REPORTAGEM

Atendendo a um pedido da administração da Santa Casa de Penápolis, os médicos pertencentes ao corpo clínico do hospital adiaram o movimento de paralisação no atendimento até a próxima segunda-feira, dia 10. O pedido foi feito para que a administração possa estudar propostas a serem feitas a fim de haver acordo entre o hospital e os médicos.
A paralisação no atendimento por parte dos médicos estava prevista para hoje (06). Em uma carta aberta, eles reivindicam pagamento de salários atrasados e também repasses da produção médica paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da compra de medicamentos que estariam em falta.
O pedido da administração foi feito através de um Ofício Circular assinado pela administradora do hospital, Renata Vidal. No ofício, com data de terça-feira (04), a administradora ressalta que o assunto é de vital importância no âmbito hospitalar e que, por isso, é motivo de constante preocupação da administração.
Ainda no documento, a administração da Santa Casa pede para que seja concedido um “relaxamento” no prazo para a negociação, sendo ressaltada a data da próxima segunda-feira, dia 10. “Retomaremos negociação objetivando regularização das pendências reivindicadas”, afirmou o ofício.
Segundo o que foi apurado pela reportagem, os médicos aceitaram aguardar o prazo pedido pela administração, entretanto, caso não haja acordo até a data prevista, os médicos deverão oficializar a paralisação já no dia seguinte após a data limite, sendo na terça-feira, dia 11, suspensos os atendimentos e internações dentro dos critérios em que já haviam divulgado na carta aberta.

Reivindicações
A carta, assinada por mais de 20 médicos e direcionada à população de Penápolis e micro-região, à administração do hospital, à Prefeitura, à Promotoria Pública e ao Conselho Regional de Medicina (CRM), a mais de um ano os médicos vêm enfrentando dificuldades em relação aos pagamentos, sendo que no dia 31 de maio, eles receberam o pagamento de 50% dos plantões prestados ainda no mês de fevereiro. Já em relação à produção médica, a alegação é a de que não recebem desde junho de 2018, ou seja, há quase um ano.
A carta faz referência ainda à falta de medicamentos, que alegam não ser possível completar tratamentos por conta da falta de antibióticos, por exemplo. “Houve dias em que faltaram insumos básicos para o bom funcionamento, desnecessário dizer que isso coloca em risco o paciente, valor principal de tudo isso, além de colocar em risco os próprios médicos”, acrescentaram os profissionais.
Na carta, os médicos esclarecem que se mantida, a paralisação não afetará os casos de urgência e emergência bem como o atendimento aos pacientes que já estão hospitalizados, garantindo a conclusão de seus tratamentos. 

Nota
Em nota a prefeitura de Penápolis confirmou que há atraso no pagamento da produtividade dos médicos. Já em relação ao pagamento de salários, a prefeitura informou que existe um atraso de dois meses, sendo que isto sempre ocorreu desde o início da intervenção municipal, iniciada em 02 de junho de 2015.
Com relação aos medicamentos, a prefeitura destacou que existem faltas pontuais. Segundo o que foi explicado, o hospital recebe mensalmente do Governo Federal-Teto Mac um valor de R$ 450 mil para pagamento de funcionários, o que, segundo a nota, não é suficiente. Além disso, são repassados ainda R$ 40 mil do Governo do Estado para compra de medicamentos, o que também não é suficiente, sendo que o gasto mensal com remédios chega a R$ 250 mil. Ainda sobre os repasses, a prefeitura lembrou que a administração municipal, repassa mensalmente R$ 400 mil, mas que não há como a prefeitura aumentar os valores destinados ao hospital, por impossibilidade econômica. “Os repasses municipais estão rigorosamente em dia”, afirmou a nota enviada. 

Prefeito
Em contato com o prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira (sem partido), ele garantiu que a população não será prejudicada quanto ao atendimento na Santa Casa.
Oliveira afirmou que a ameaça de paralisação se dá como um ato político por parte de alguns médicos que aderiram ao movimento. “Ressalto que não são todos os médicos da Santa Casa que aderiram. Mas acho muito estranho que, mesmo sem receber pela produção médica desde julho do ano passado, só agora decidiram pelo movimento, justamente quando estamos trabalhando para que a Santa Casa seja retomada pela Irmandade, quando está tudo praticamente certo para que a irmandade possa retomar a administração do hospital”, destacou. 
Além disso, o prefeito ressaltou ainda que foi graças à intervenção municipal, ocorrida em junho de 2015, que a Santa Casa se manteve de portas abertas. “A prefeitura assumiu um hospital que estava praticamente fechado e conseguimos manter o atendimento de qualidade. Desde quando assumimos nosso primeiro mandato, a prefeitura dobrou o valor repassado ao hospital, hoje são R$ 5 milhões por ano”, enfatizou o prefeito. 
Além disso, ele lembrou ainda da luta da atual administração para que a Santa Casa possa se tornar um hospital escola e a reclassificação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de nível um para nível dois. “Diversas foram as melhorias feitas na Santa Casa e sobre o pagamento da produção médica já estávamos averiguando uma maneira de amenizar o problema desde quando antecipamos o repasse de R$ 200 mil com o dinheiro da Câmara. Nesta quinta-feira estarei reunido com o setor financeiro e vamos estudar a melhor maneira de resolvermos esta situação. A população não ficará sem atendimento”, finalizou o prefeito.

(Rafael Machi)

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