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CIDADE & REGIÃO

30/05/2015

Santa Casa: Crise financeira obriga hospital interromper internações

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Membros da Santa Casa se reuniram com o Juiz da 4ª Vara para comunicar à Justiça o interrompimento de suas atividades

DA REPORTAGEM

“A situação é de calamidade pública”. Isso foi o que afirmou o membro do Conselho da Irmandade da Santa Casa de Penápolis, Ricardo Castilho, sobre o hospital, referência na região, ao anunciar que todo o atendimento foi interrompido por tempo indeterminado por conta dos problemas financeiros vivenciados pelo hospital. “A decisão foi tomada pela Irmandade da Santa Casa depois que o diretor clínico do hospital, o médico Antônio Gazola, nos entregou um ofício comunicando que os pacientes correm risco de morte ao serem internados na unidade que não possui condições de mantê-los”, ressaltou Castilho. Na tarde de ontem, os membros da Irmandade, juntamente com o diretor clínico do hospital se reuniram no Fórum de Penápolis com o Juiz da 4ª Vara, Heber Gualberto Mendonça, para que a decisão fosse comunicada de forma oficial à Justiça. No encontro, eles entregaram ao juiz uma série de documentos que explicam a crise financeira enfrentada, bem como a falta de medicamentos acarretada pela crise. Mendonça, por sua vez, lamentou o ocorrido. “É lamentável a situação que a Santa Casa vem enfrentando, sabemos da importância que o hospital tem para a região que atende em sua maioria, a população que não tem condições de procurar atendimento particular e que depende SOS serviços prestados naquela unidade”, disse.  Com a decisão, todo atendimento realizado no Pronto Socorro em que haja necessidade de internação na Santa Casa será feita através da central de vagas, onde o paciente terá que ser encaminhado para hospitais da região onde possam permanecer. Na tarde de ontem as novas internações já estavam sendo recusadas pela Santa Casa. Apenas os 64 pacientes que estavam na unidade é que permanecerão até receberem alta médica. Ainda de acordo com o juiz, toda pessoa que se sentir prejudicada pelo atendimento tem o direito de acionar a Justiça. “Entretanto, esperamos que a situação seja resolvida da melhor maneira possível, pois quem está perdendo é a população da cidade e da região”, afirmou.

Problemas
De acordo com Ricardo Castilho, o hospital não possui mais condições de receber pacientes porque a crise financeira fez com que a unidade enfrentasse ainda problemas com falta de medicamentos. “Nos faltaram acessórios para cirurgias e, em determinado momento, nem Dipirona o hospital tinha para fornecer ao paciente. Como podemos manter a unidade recebendo pessoas nestas condições?”, questionou. Ainda segundo ele, o problema vai mais além, abrangendo ainda o prédio físico. “A parte elétrica também está caótica, precisamos melhorar toda esta estrutura para que possamos operar com tantos equipamentos e oferecer mais segurança para pacientes e as pessoas que trabalham lá e que operam aparelhos elétricos todos os dias”, afirmou. Hoje a Santa Casa de Penápolis possui um déficit mensal de R$ 120 mil, segundo Castilho. Além disso, os médicos estariam sem receber a 60 dias. “Muitos deles, mesmo sem receber, permaneceram conosco, pois entendem a situação do hospital e sabem o quanto as pessoas dependem desta unidade”, revelou. Entretanto, o hospital ainda consegue manter os salários dos funcionários em dia, o que ainda amenizava a situação. Castilho revelou ainda que o hospital está desde, de dezembro sem receber os recursos do governo estadual referentes ao Pró-Santa Casa. “Estamos negociando com a Caixa Econômica Federal um financiamento de R$ 1,5 milhão, valor este que seria fundamental para que a Santa Casa voltasse a funcionar com seus problemas amenizados, mas não resolvidos”, esclareceu. Nem mesmo as internações feitas através de convênios particulares serão feitos durante este período. “Estamos lutando pra que a situação seja resolvida, mas precisamos de apoio financeiro. Por enquanto ficaremos nesta situação para que não haja nenhum problema mais grave com os pacientes. Sabemos do quanto é difícil ficar sem as internações, mas também não podemos colocá-los em risco”, desabafou Castilho.

(Rafael Machi)

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