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CIDADE & REGIÃO

13/01/2007

Saúde: Professor propõe alternativas naturais de combate a doenças

Detalhes Notícia

Medidas simples como o cultivo de uma planta no quintal de casa podem contribuir para a diminuição de casos de dengue e leishmaniose. É o que defende o professor aposentado Manoel Berbel de Oliveira Pessoa (foto), mais conhecido como Mané Pessoa, e que, pesquisando as propriedades de várias plantas, encontrou na citronela e no nim uma forma de manter os insetos longe de pessoas e animais, já que as duas espécies servem como repelente. Por não serem tóxicas, estas plantas, ao contrário da maioria dos inseticidas, não agride o meio ambiente.

Para ele, a administração municipal deveria viabilizar uma campanha de incentivo ao uso destas plantas, assim como o plantio pelas próprias hortas comunitárias e a distribuição à população. “Por afugentar mosquitos, a utilização destas plantas estaria auxiliando no combate à dengue e leishmaniose, numa medida paralela às outras providências que a Prefeitura toma como a limpeza de quintais”, comentou Mané. O poder repelente pode ser aproveitado plantando as espécies em local onde o vento possa espalhar seu aroma. Além disso, pequenos vasos de citronela podem ser colocados nos cômodos da casa e os efeitos aumentam ainda mais se as folhas forem esmagadas e massageadas na área atacada por mosquitos.

 

Aroma

A citronela, apesar de utilizada até mesmo em indústrias de perfumes por seu aroma que mistura rosa-floral cítrico com outros que lembram eucalipto, camomila e cânfora, seu cheiro é odiado por vários bichos. Da família das gramíneas, a planta é parecida com o capim-limão e sua essência é muito utilizada na fabricação de repelentes contra mosquitos e borrachudos, tanto para uso veterinário como humano. Porém, o produto apenas afasta os insetos, não apresentando propriedade inseticida. Já o nim é uma árvore nativa da Índia, de crescimento rápido e que pode atingir 15 metros de altura. Porém, por ter raiz pivotante, que penetra verticalmente no solo, não oferece riscos às calçadas e redes de água e esgoto.

 

Medida

Na tarde de ontem, o professor esteve em contato com o secretário interino da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Jesus Teixeira de Araújo, para expor a idéia da campanha. O secretário aprovou a sugestão e disse que o nim poderá ser cultivado em locais de acesso público, como praças e canteiros, já que não são tóxicas. “Podemos também providenciar sementes para as hortas comunitárias”, completou Jesus.

 

Vigilância

Apesar de repelir, as plantas não matam os insetos nem impedem sua proliferação, que acontece, no caso da dengue, em recipientes com água parada e, quanto à leishmaniose, em locais com acúmulo de matéria orgânica.  

Por isso, a veterinária do serviço de Vigilância Epidemiológica de Penápolis, Larissa Paula Lundstedt, alerta para a prioridade de prevenção, que deve ser a limpeza de quintais. “Realmente a citronela funciona como repelente, mas não tem 100% de eficácia”, disse ela, que revelou ainda conhecer casos de cães tratados com citronela desde que nasceram e que, ainda assim, foram acometidos pela leishmaniose. Os produtos com essência de citronela são encontrados facilmente em lojas especializadas em produtos veterinários e até mesmo em farmácias de manipulação. A recomendação é que sejam aplicados diariamente no corpo do animal. Já quanto ao uso direto das plantas, pode-se plantar a citronela próximo ao local onde o cachorro costuma dormir. “É no período noturno que os mosquitos mais atacam”, revelou Larissa. “Pode-se também amassar a planta pra liberar mais o cheiro”, sugeriu.

Quanto ao uso do nim, a veterinária disse que necessita testar a planta. “Sei que é uma árvore com potencial repelente, mas não tenho nenhuma experiência prática registrada”, comentou.

 

Doença

A dengue é causada por um vírus e é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que desenvolve seus ovos em água parada. O mosquito inicia o ciclo de contaminação ao picar uma pessoa infectada. O vírus se desenvolve dentro do inseto e, depois de um período de 8 a 12 dias, torna o mosquito um transmissor da doença. Em geral, a pessoa contaminada pela primeira vez contrai a chamada dengue clássica. Em uma segunda contaminação, existe um risco muito maior de se contrair a dengue hemorrágica, um tipo mais grave e pode levar à morte.

Os principais sintomas são febre alta, dores nas juntas, nos músculos e atrás dos olhos, dor de cabeça intensa, falta de apetite, sangramento na gengiva e nariz e manchas vermelhas no corpo. Já a leishmaniose é transmitida através da picada do mosquito conhecido como palha ou birigui, que contamina o cão, onde é desenvolvida a Leishmania. O mosquito pica o cão contaminado e passa a transmitir a doença a outros cães e ao homem.

Segundo a veterinária do Serviço de Vigilância, os sinais comuns da doença no cão são seborréia, queda de pelos, feridas nas patas e ponta de orelha, crescimento das unhas, conjuntivite, sangramento nasal e emagrecimento. “Notando o aparecimento destes sintomas, a pessoa deve contatar a Vigilância para que seja feito o exame”, orientou Larissa. (AR)

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