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CIDADE & REGIÃO
15/09/2010
SAÚDE PÚBLICA: Pronto-Socorro pode ter gestão da Santa Casa
DA REPORTAGEM
A Santa Casa de Misericórdia de Penápolis pode assumir a administração do Pronto-Socorro da cidade. As negociações entre Prefeitura e o hospital, estão bem avançadas e deve sair um acordo até o final do mês. A proposta da mudança de gestão do PS foi feita pelo prefeito João Luís dos Santos, em virtude da Santa Casa obter maior flexibilidade para contratar médicos, já que o município não pode aumentar o valor pago a estes profissionais. Atualmente o PS paga R$ 591 aos médicos por plantões de 12 horas. Muito destes profissionais estão insatisfeitos e tem faltado ao serviço. No último dia 06, véspera de feriado, o secretário municipal de Saúde, Antônio Sidney Marques, registrou boletim de ocorrência em virtude do médico que deveria atender durante o dia ter se recusado a trabalhar, alegando a ausência por motivos particulares. Como não foi encontrado outro profissional na cidade e região para prestar o serviço, o médico que havia trabalhado durante a noite permaneceu na unidade. A secretaria tomará as devidas providências neste sentido.
Gestão
Conforme informou o administrador da Santa Casa, Roberto Bastos, a proposta é criar uma gestão mista entre a Prefeitura e a Santa Casa, cujo objetivo é atuar na manutenção e composição das equipes de apoio e médicas. “Já foi realizada uma reunião entre a direção do hospital e os médicos para apresentar a proposta e, a partir daí, foi criada uma comissão para tratar do assunto”, comentou. Ele observou que essa comissão também já se reuniu com o prefeito e, na próxima semana, deve voltar a se encontrar para avaliar os números relativos ao PS. O administrador também garantiu que o município continuaria investindo os recursos necessários para custear o funcionamento do PS, enquanto o hospital ficaria com a contratação dos funcionários.
Custeio
Roberto explica que o município atualmente gasta R$ 450 mil com a manutenção do Pronto-Socorro. Desse repasse, R$ 250 mil vão para a folha de pagamento dos 65 funcionários lotados na unidade hospitalar. O administrador não descartou a hipótese de a administração municipal ceder os servidores para a Santa Casa, caso a parceria se concretize. Se isso acontecer, o hospital estudará aumentar o valor pago pelo plantão aos médicos que prestam este serviço, além da criação de uma Central de Regulação de Atendimento. “Com isso, os pacientes seriam encaminhados das cidades da comarca ao PS com referência médica, reduzindo essa demanda”, ressaltou. O Pronto-Socorro faz em média cinco mil atendimentos mensais. Com a parceria será possível reduzir os gastos com a manutenção do PS, sobrando recursos para serem investidos no hospital, que tem déficit mensal de aproximadamente R$ 70 mil. (Ivan Ambrósio)
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