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CIDADE & REGIÃO

02/08/2020

Rio Tietê: Usina Hidrelétrica desenvolve importante papel ambiental

Imagem/Divulgação
Detalhes Notícia
A AES Tietê produz anualmente cerca de 2,5 milhões de alevinos de espécies nativas da região
DA REPORTAGEM
 
A Usina Hidrelétrica de Promissão, da AES Tietê, comemorou 45 anos de operação no último dia 28 de julho. Neste período, a unidade se tornou grande referência em toda a região no que abrange os cuidados com o meio ambiente, turismo e, principalmente, como uma das principais integrantes no fornecimento de energia elétrica através do Sistema Interligado Nacional, o SIN.
Por muitos anos, o conceito de usina hidrelétrica sempre esteve ligado a problemas ambientais causados pelo represamento de rios necessário para seu funcionamento. Entretanto, este conceito veio sendo mudado ao longo dos anos exercendo um importante papel na preservação dos ecossistemas do planeta por meio na execução de programas ambientais, como o plantio de árvores nativas, doação de mudas, ações de educação ambiental e soltura de várias espécies de peixes.
Segundo o Coordenador de Condicionantes de Licenciamentos da AES Tietê, Odemberg Veronez, os projetos de educação ambiental desenvolvidos pela AES Tietê no entorno dos reservatórios têm como objetivo despertar uma consciência crítica em relação aos atuais problemas ambientais e ao uso responsável dos recursos naturais. “Além disso, a empresa promove ações que, ao longo dos anos, levam a mudanças de comportamento e visam contribuir para a conservação do meio ambiente. Entendemos que as iniciativas em educação ambiental têm grande relevância, uma vez que formam as novas gerações. A preservação dos recursos naturais é fundamental para a melhoria da qualidade de vida e, para isso, é necessário promover essa conscientização ambiental nas comunidades do entorno da usina hidrelétrica”, comentou.
No ano passado, a usina de Promissão fez parte de um projeto da AES Tietê para repovoar os reservatórios com 2,5 milhões de alevinos – filhotes de peixe – que pertencem aos rios Tietê, Pardo, Mogi e Grande.
O Programa de Manejo Pesqueiro dos reservatórios é direcionado à manutenção da biodiversidade. O repovoamento com alevinos traz vantagens à pesca profissional e amadora, contribuindo para a melhoria das condições das populações ribeirinhas, para a preservação das espécies e para a manutenção dos estoques pesqueiros, o que ajuda, inclusive, na economia local.
“A AES Tietê tem a responsabilidade de promover o repovoamento de peixes nos reservatórios das suas usinas, garantindo o equilíbrio do ecossistema. Em unidades de piscicultura localizadas em Promissão e Barra Bonita, a empresa produz anualmente cerca de 2,5 milhões de alevinos das espécies nativas, pacu-guaçu, curimbatá, dourado, pirancajuba, tabarana e piapara, utilizadas para o repovoamento dos seus reservatórios. Essas iniciativas não beneficiam apenas as cidades que ficam próximas às hidrelétricas, porque os peixes se distribuem ao longo dos reservatórios e rios”, destacou Veronez.
Somente nos últimos 15 anos, a AES Tietê realizou o repovoamento de 37,5 milhões de alevinos, sendo 2,7 milhões deles da espécie piracanjuba, a qual encontra-se ameaçada de extinção em todo o Estado de São Paulo.
Vale destacar que o trabalho desenvolvido com os alevinos é um importante meio de desenvolvimento do Rio Tietê e seus afluentes em toda a região. 
 
Fauna terrestre
Outra grande preocupação da AES Tietê abrange também o monitoramento para preservação da fauna terrestre nos arredores de seus empreendimentos. Em parceria com o Instituto Pró-Carnívoros e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), a Companhia monitora onças-pardas e lobos-guarás, por meio de armadilhas fotográficas, e de coleiras de rastreamento por satélite. 
Desde o início do projeto Pardas do Tietê, em 2015, 23 onças pardas foram monitoras nos reservatórios. “Atualmente, o monitoramento se concentra em quatro indivíduos machos adultos. O projeto de conservação do lobo guará é desenvolvido na região das cidades de São José do Rio Pardo, Mococa, Caconde e Mogi Guaçu, pertencendo à bacia dos rios Pardo e Mogi-Guaçu. Atualmente estamos monitorando 3 animais nessa região”, explicou o coordenador.
Além das onças e dos lobos, as armadilhas fotográficas ainda registram várias outras espécies da fauna nativa brasileira.
 
Educação Ambiental 
A Usina de Promissão também tem o Programa de Educação Ambiental, que recebe centenas de visitantes por ano. O projeto tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento sustentável da região ao estimular o conhecimento da comunidade sobre o tema. Estudantes universitários, comunidade vizinha à usina, produtores rurais e professores de escolas rurais participaram da iniciativa. Resultado da parceria com a Bioterra, empresa especializada em Consultoria e Educação Ambiental, as visitas guiadas são gratuitas e abertas ao público, entretanto, tiveram que ser suspensas recentemente por causa da pandemia causada pela Covid-19, no novo coronavírus.
Durante as visitas, os grupos são levados ao viveiro de mudas, onde são produzidas 1 milhão de mudas nativas dos biomas de cerrado e mata atlântica, que são utilizadas no reflorestamento das bordas de reservatórios de usinas, e à piscicultura, que reproduz e solta milhões de alevinos de 6 espécies nativas nos rios da região, mantendo os estoques pesqueiros.
 
Renda
A Usina Hidrelétrica de Promissão também foi e é um importante meio na geração de empregos e renda para a economia local.
Com o trabalho desenvolvido pela AES Tietê sobre a psicultura local, muitas pessoas foram empregadas na área, sendo que algumas delas continuam exercendo importante papel no projeto até hoje, observando os principais avanços e cuidados com o meio ambiente ao longo dos anos. Este é o caso do biólogo da AES Tietê, Silvio Carlos Alves dos Santos, de 58 anos e um dos mais antigos funcionários da usina de Promissão.
Com três irmãos e vários amigos trabalhando nas barragens de Ilha Solteira, Jupiá, Água Vermelha e Nova Avanhandava (em construção, na época), poder atuar na unidade de Promissão foi um sonho realizado pelo biólogo oriundo de uma família de “barrageiros”. “Este sonho foi duplamente realizado, pois além de trabalhar em uma usina hidrelétrica, fui trabalhar na área de Meio Ambiente, que é minha paixão”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, muitas mudanças puderam ser observadas ao longo dos anos na usina sobre o meio ambiente. “Continuo trabalhando na usina, especificamente na área de Meio Ambiente, e pude observar o quão responsável é a AES Tietê, que, além de gerar energia elétrica com segurança e  qualidade, também mantém seu compromisso com as questões Ambientais através da execução de vários programas como produção e repovoamento de alevinos (filhotes de peixes), conservação da fauna, produção de mudas de árvores nativas, reflorestamento das margens, educação ambiental e até mesmo estudos de arqueologia”, ressaltou o biólogo, que lembrou ainda da responsabilidade social desenvolvida pela AES por meio de apoio à várias instituições da região.
 
Sobre a AES Tietê
A AES Tietê atua como uma plataforma integrada de energia renovável com soluções customizadas de acordo com a necessidade de seus clientes. Está entre as maiores companhias privadas de geração do Brasil, atuando no país há 20 anos. O Centro de Operações de Geração de Energia (COGE), localizado em Bauru (SP), é o mais tecnológico do país e opera remotamente todos os ativos da companhia. No portfólio, composto por geração hídrica, solar e eólica, estão nove usinas hidrelétricas e três pequenas centrais hidrelétricas, dois Complexos Solares, Guaimbê e Ouroeste, em São Paulo, além do Complexo Eólico Alto Sertão II, na Bahia. Recentemente, a companhia anunciou investimento na construção do Complexo Eólico Tucano, também no estado da Bahia. 
A Usina Hidrelétrica de Promissão “Mário Lopes Leão” possui potência de 264.000 kW, abastecendo milhares de unidades consumidoras através do SIN.  Tem como curso d’água o Rio Tietê e fica no quilômetro 139 da rodovia BR-153, em Promissão. A Unidade possui um reservatório de 125 quilômetros de comprimento e uma barragem de mais de 3,6 mil metros. Além disso, a usina possui uma eclusa com capacidade de 10 milhões de toneladas por ano em suas eclusagens, ajudando na economia do interior através do escoamento de produções agrícolas por meio do transporte hidroviário.
 
(Rafael Machi)
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