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CIDADE & REGIÃO

27/03/2008

Resolução proíbe corte de orelhas e cauda de cães

Detalhes Notícia

Desde o último dia 19, veterinários estão proibidos de fazer cirurgias de corte de orelhas e caudas de cães, chamadas clinicamente de conchectomia e caldoctomia, respectivamente. A prática foi impedida por uma resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária, segundo o qual o corte interfere na capacidade de expressão do animal, além de ser um procedimento cirúrgico desnecessário. Também está proibida a cordectomia, que é o corte nas cordas vocais, solicitada por donos de cães que se sentem incomodados com os latidos dos animais.
Os profissionais que não respeitarem a decisão podem ter o registro cassado e a medida é válida em todo território nacional. A tolerância ao procedimento existirá somente em casos de doenças, como infecções de tecidos, por exemplo, porém, o veterinário deverá justificar a ação por escrito aos conselhos regionais.
Para a médica veterinária do serviço de Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Penápolis, Larissa Lundstedt, os cortes devem ser considerados verdadeiras mutilações e, portanto, maléficas ao animal. Ela comemorou a decisão do conselho. “Fiquei muito satisfeita com a medida porque sempre fui contra. Essas cirurgias têm finalidades estéticas, ou seja, realmente desnecessárias à saúde do animal”, disse.

Beleza
Segundo a veterinária, os donos de cachorros optam pelos cortes por seguirem padrões estéticos. “Eles mandam cortar as orelhas dos cães, por exemplo, porque concursos consideram que o cão fica mais bonito”, disse, “Raças como dogue alemão costumam ter o rabo cortado, assim como o pit bull sofre mutilação das orelhas”, exemplificou. Larissa disse ainda que os cortes já fazem parte de um hábito da população. “É preciso pensar sobre os riscos destes procedimentos e os donos de animais, refletirem sobre o sofrimento que oferecem ao cão”, considerou, “Os cortes não mudam em nada o comportamento do animal, ao contrário, podem oferecer riscos”, completou. A veterinária esclareceu também que as cirurgias não são indicadas por inúmeros motivos. “Os animais com orelha arrancada tem predisposição para infecções no ouvido, porque a área fica desprotegida, mais exposta à umidade e demais fatores”, contou, “Além disso, cada raça tem orelhas com forma e tamanho próprios da sua natureza, não cabe ao homem modifica-las”, acrescentou. A veterinária explicou que o serviço municipal não oferece este tipo de procedimentos, mas que já recebeu propostas para operar cachorros, assim como conheceu casos de pessoas que executam o corte sem nenhum cuidado. “Os perigos vão desde infecções por conta da cirurgia às possíveis complicações no período pós-cirúrgico”, revelou. Larissa criticou ainda a postura de alguns donos de cães que deixam de oferecer os cuidados essenciais para a saúde dos animais, mas que, por outro lado, valorizam excessivamente os critérios estéticos. “Boa alimentação e vacinas muitas vezes são esquecidas, o que é muito errado. Ter um animal saudável tem que ser a prioridade para quem quer criar animais de estimação”, finalizou a veterinária. (AR)

Foto: A médica da Vigilância, Larissa Lundstedt, disse que sempre foi contra o procedimento

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