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CIDADE & REGIÃO

19/08/2015

Residencial Gimenes: Casas invadidas terão que ser desocupadas

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Mulheres mostram a Determinação Judicial entregue pela Oficial de Justiça para que deixem as residências invadidas

DA REPORTAGEM

A Justiça de Penápolis determinou nesta terça-feira (18) a desocupação das casas do Residencial Gimenes que estavam vazias e que, há quase um mês, haviam sido ocupadas por um grupo de mães solteiras que reivindicam o direito de permanecer nos imóveis, já que os mesmos estavam vazios. Três, das seis casas ocupadas, já haviam sido desocupadas anteriormente, no entanto, três famílias ainda permaneciam no local. Como as mulheres possuem crianças residindo com elas, a Justiça concedeu dois dias para que elas procurem abrigo em outro lugar. Na tarde de ontem, uma Oficial de Justiça, esteve no local para conversar com as famílias e entregar cópias das determinações. Estiveram presentes também representantes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e Polícia Militar. Com a chegada do Oficial, houve resistência das mulheres em deixarem as moradias, mas não foram registrados problemas durante o processo. Segundo elas, mesmo com o prazo concedido pela Justiça, será difícil se organizarem e sai. “Nós não temos para onde ir. Se entramos nas casas foi por falta de opção, lógico que também não queríamos estar nesta situação humilhante. Não temos nem saneamento básico”, comentou Márcia dos Santos Ribeiro, uma das ocupantes. Mesmo estando nas casas, elas não possuem o fornecimento de energia e nem de água. 

Retirada de objetos
Não havendo moradores, três casas ocupadas inicialmente ainda estavam com móveis e objetos em seu interior. Um caminhão foi fornecido para que todos estes objetos fossem retirados das casas e levados para o almoxarifado da prefeitura. Em relação aos objetos pertencentes às famílias que ainda residem no local, ao fim do período estipulado um caminhão também será cedido para que possam ser levados para um local de escolha delas dentro do município. Caso não indiquem um lugar, todos os móveis serão encaminhados para uma central de guarda de patrimônio pertencente à CDHU na cidade de São Paulo. Para outra ocupante do espaço, Raquel Santos, o período de permanência cedido pela Justiça será fundamental para que as famílias se organizem. “Infelizmente teremos mesmo que sair. Vamos atrás de um local que possa nos receber e até mesmo de ajuda na prefeitura. Temos filhos, são crianças que não merecem estar passando por esta situação, mas também não temos escolha, já que não temos para onde ir”, ressaltou. 
Desde ontem vigilantes contratados pela CDHU permanecem 24 horas tomando contas das casas para evitar que novas invasões sejam feitas no local. 

Invasão
A ocupação das casas ocorreu em julho, quando seis mães solteiras entraram nas casas que estavam desocupadas desde a inauguração do residencial, em abril de 2014. Os imóveis passam por processos judiciais por parte dos titulares sorteados para a ocupação, por isso permanecem fechados. Desde então, elas vivem sem o fornecimento de água nem de energia, e só conseguem através de ajuda de parentes e vizinhos. Durante a noite a luz é à base de velas. As casas encontram-se ainda  danificadas por conta da ação de vândalos. Segundo apurado, as casas permaneciam fechadas por conta de um equívoco no sorteio dos imóveis, já que das mais de 230 casas construídas, nove teriam que ser destinadas para solteiros. Na época, foram sorteados mais titulares do que haviam de casas disponíveis. O número excedente seria passado para suplente, mas o processo não foi aceito pelos sorteados, que entraram na Justiça reivindicando o direito a casa, já que havia sido sorteado como titular. Por conta disso a Justiça interditou as nove casas. Três já foram liberadas, mas as outras seis permanecem em poder da Justiça.

(Rafael Machi)

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