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CIDADE & REGIÃO

11/10/2009

Relíquia: Penapolense mantém carta que recebeu da Nasa

Detalhes Notícia

Em 20 de julho de 1969, a população mundial acompanhava por meio do rádio e demais veículos de comunicação o comandante da missão Apolo 11 e astronauta Neil Alden Armstrong entrar para a história como sendo o primeiro homem a pisar na Lua. Na época, o penapolense Alair Pereira, 73 anos, acompanhou esta façanha por meio do radioamadorismo, hobby praticado aproximadamente há 54 anos. O radioamador é a pessoa que procura manter o funcionamento de uma estação de radiocomunicação para comunicados e conversas informais ou para concursos e competições nacionais e internacionais. Além dos operadores de estações amadoras de radiocomunicação, os códigos desta modalidade de comunicação são utilizados por serviços diversos, tanto civis quanto militares, e também por profissionais e empresas que utilizam a radiocomunicação como contato entre seus integrantes. “Sempre gostei de eletrônica, fazendo cursos e trabalhando no conserto destes aparelhos”, recorda Alair. Hoje, 40 anos após este feito, ele que é militar reformado, guarda com carinho uma relíquia que poucas pessoas no mundo possuem: uma carta de correspondência da Nasa (que em português significa Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica), também conhecida como Agência Espacial Americana, responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial em comemoração a este feito. “Lembro que neste dia sintonizei uma estação americana dentro da Nasa, e o locutor que falava em espanhol dizia que aquele que conseguisse contato ganharia esta carta como recordação”, lembra. Ao ouvir esta informação, Alair tentou e conseguiu falar com o operador que reconheceu a sua façanha. “Não demorou muito tempo, o carteiro chegou na minha casa com um envelope, e ao abrir, notei que era a carta conforme aquele locutor havia prometido”, destaca. O penapolense guarda até hoje, junto aos seus aparelhos de radioamador, a carta contendo o selo comemorativo e a foto dos três astronautas que participaram daquela viagem histórica. “Foi um momento especial que este hobby me proporcionou”, garante. A paixão pelo radioamadorismo começou quando o penapolense era policial militar, e foi atuar na manutenção de equipamentos de transmissões. “Nesta época fundamos o Clube de Radioamadores da Guarda Civil de São Paulo. Na época, para  trabalhar nesta área era preciso conhecer noções básicas de eletrônica e legislação, utilizadas até hoje”, ressalta.
A primeira estação, ou “batismo” como é chamado pelos adeptos ao radioamadorismo aconteceu quando se comunicou com Davi Badur (hoje já falecido) residente em Campinas. Após esta comunicação, o penapolense também foi atendido por Ademar Torres e sua irmã, conversando com estes por meia hora. Atualmente, Alair se comunica de sua residência com outros radioamadores espalhados pelo Brasil e fora do país, admitindo que os meios de comunicação eram precários naquela época, por isso o radioamador era usado em casos de emergência. “Divulgação de falecimentos e outras noticias de utilidade pública eram anunciados pelos adeptos”, cita. Dentre os casos de emergência, Alair destacou que certa vez ajudou um trabalhador que foi atacado por uma cobra coral em Assumpção, no Paraguai, ao descarregar uma carga de bananas que estava no navio. “Um radioamador entrou em contato comigo para saber quais medidas teriam que ser tomadas naquela situação, solicitando o soro antielapídico intravenoso”, diz. De imediato, entrou em contato com o Instituto Butantã, em São Paulo, sendo providenciado o soro que foi transportado pelo avião da FAB (Força Aérea Brasileira). “Em poucas horas, o antídoto estava em Assumpção, salvando a vida daquele trabalhador”, comenta ele emocionado. Alair garante com convicção que mesmo com o avanço da comunicação, o radioamadorismo nunca acabará, pois possibilita-nos fazer novas amizades e rever velhos companheiros operando em suas estações”, explica. Além dele, as duas filhas e um genro de Alair, bem como outros penapolenses têm o radioamadorismo como hobby. “Enquanto eu viver, estarei sempre me comunicando pelo radioamadorismo, pois só me trouxe alegrias e grandes emoções”, conclui. (IA)

Foto: Alair guarda até hoje carta enviada pela Nasa como forma de agradecimento

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