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CIDADE & REGIÃO
29/07/2007
Reflexos: Viajantes trocam preferências após acidente aéreo
A crise no sistema aéreo brasileiro, agravada após o acidente com o Airbus da TAM no último dia 17, deixou apreensiva a maioria dos penapolenses que viaja ou pretendia viajar de avião. É o que afirmam proprietários de duas agências de turismo da cidade. Elvis Jeffer Costa Pires, da Operadora Turística Elvis Tur, e Nilson Orives Valin, da Penápolis Turismo, revelaram que a opção dos viajantes passou a ser o transporte rodoviário, até mesmo quando se trata de longos percursos.
Na semana passada, segundo Nilson, um grupo de 12 pessoas com destino a Alagoas optou por viajar de ônibus. “Sugeri um vôo partindo de São Paulo, mas não gostaram da idéia. Eles se deslocaram até a capital e pegaram um outro ônibus”, contou. Dois casais que pretendiam viajar para a Argentina também decidiram esperar por uma fase mais tranqüila nos aeroportos.
Sobre os prejuízos, ele disse que a demanda para transporte aéreo caiu até 40%. “A situação apresenta um pouco de prejuízo e a época do ano acentua porque, em geral, no inverno os passeios diminuem”, disse. “Mas, o acidente com o avião da TAM interferiu nas vendas de pacotes para o final do ano, que ainda estão com baixa procura”, completou.
Medo
“Os programas de televisão frisam a crise aérea o tempo todo, fazendo aumentar o medo”, comentou Nilson. Ainda segundo ele, viagens para Argentina e Chile, que teriam boa procura nesta época do ano, não estão
Tem a mesma opinião o proprietário da Elvis Tur. Ele afirmou que houve expressiva redução quanto a vôos para a capital, partindo de Araçatuba ou São José do Rio Preto. “Com a crise aérea dos últimos meses e os longos atrasos de vôo, a demanda caiu, mas o impacto que o acidente causou em todo o país acentuou ainda mais”, declarou Elvis. Somada à queda de temperatura, a crise tem levado os turistas a optar por passeios em cidades históricas
Vôos
Já na agência Dika Viagens, a situação difere dos locais pesquisados na cidade. A proprietária Maria Salete Araújo Castilho revelou que a estabilidade quanto à procura por passagens aéreas a surpreendeu. “Achei impressionante porque, ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando houve o acidente com o avião da Gol, não foi registrada alteração desta vez”, contou. Ainda segundo ela, embora algumas pessoas prefiram rotas que utilizam o aeroporto de Rio Preto e de Guarulhos, ou tenham adiado a viagem, a maioria entende que foi uma fatalidade forçada por uma série de fatores, e não um acontecimento que se repetirá. Por outro lado, alguns preferem passar por Congonhas justamente por ser o local do acidente. “Por incrível que pareça o sensacionalismo chega a estimular a curiosidade das pessoas em passar por aquele aeroporto”, revelou. Salete lembrou ainda que o período é de grande movimento por conta das férias escolares, que estão chegando ao fim. Além disso, muitos dependem do transporte aéreo para trabalhar. A agência recebeu recentemente um comunicado da Gol onde a empresa informa que lançará novas normas e rotas a partir da próxima segunda-feira, 30, com o intuito de dar preferência por embarques em Guarulhos. “Decolagens de Rio Preto para São Paulo continuam com grande procura. Os aviões menores e vindos do interior do estado continuarão pousando em Congonhas, que é o coração econômico do Brasil”, argumentou.
Quanto às viagens turísticas, a procura por embarques
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