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CIDADE & REGIÃO

20/12/2011

Rede CAAS: Profissionais fazem capacitação de atendimento a famílias em vulnerabilidade

Secom-PMP
Detalhes Notícia
A capacitação foi ministrada pelas psicólogas Christianne Lima Nascimento (esq.) e Regina Munhoz, de São Paulo

Profissionais da área de assistência social, saúde e educação participaram de uma capacitação para atendimento de famílias em situação de alta vulnerabilidade social que aconteceu nos dias 06 e 07 de dezembro, na Sala Pedagógica da Prefeitura de Penápolis. O treinamento foi promovido pela Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros) após uma consulta com os profissionais que apontaram esta necessidade de aperfeiçoamento.
Ministrado pelas psicólogas e consultoras indicadas pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) Christianne Lima Nascimento e Regina Munhoz, de São Paulo, o treinamento teve por objetivo instrumentalizar os profissionais a usarem estratégias de intervenção com famílias de alta vulnerabilidade social, como forma de propiciar o desenvolvimento saudável dessas famílias, além de contribuir com a mudança de olhar e postura dos profissionais que lidam com diferentes problemas familiares.
De acordo com a psicoterapeuta Christianne – que é especialista em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes e pesquisadora na área de Saúde Mental na gestação, vínculo mãe/bebê e desenvolvimento infantil – identificar a saúde mental dos pais também é fundamental para o desenvolvimento das crianças, assim como as condições de moradia, sinais de privação afetiva e violência doméstica contra a criança.
A psicóloga Regina Munhoz explica que o treinamento colabora para despertar a percepção desses profissionais para que possam conhecer o público que atendem. “Após detectar de maneira correta determinadas situações, esses profissionais, entre eles o agente de saúde, devem instruir e encaminhar os casos para a chefia ou órgãos responsáveis, como o Conselho Tutelar”.
A consultora, que atua também em uma APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Paulo, comentou que, além de instrumentalizar os profissionais para identificar as necessidades de uma família em situação de alta vulnerabilidade social, foram sinalizados alguns tópicos relacionados ao acolhimento e orientação de famílias com filhos portadores de deficiência intelectual.
Para as profissionais, a postura do profissional - assistente social, agente de saúde, educadores – deve ser a de não julgar a situação familiar, isto é, evitar preconceitos sociais, raciais e sexuais. Sobre a questão do bater para educação, salientaram que “é possível exercer autoridade sem agressão física nem psicológica”. “O que faz o atendimento de um profissional dar certo é a persistência com a família, a dedicação, o amor e a crença de que a situação da família pode ser melhorada”, enfatizaram.
O grupo de profissionais participante discutiu alguns casos de fracasso familiar e as consultoras propuseram algumas reflexões, tal como: “a criança que eu fui influi no atendimento que faço hoje?”. “Trouxemos um modelo do que seria o papel da família e o que acontece quando a família fracassa”, esclareceram. “Daí surge a violência”, acrescentaram. Christianne mencionou que nesses casos identifica como alternativa, pela psicologia, o modelo teórico do psicanalista inglês John Bowlby, contextualizando a questão da repetição de modelos comportamentais e a quebra de ciclos viciosos.
A dupla afirmou que as necessidades não supridas de uma criança somadas às experiências e modelos observados em um lar fracassado podem contribuir para o desencadeamento de comportamentos e situações específicas durante a adolescência e a vida adulta, tais como a insegurança, a agressividade, a depressão, o déficit escolar, os vícios, entre outras.
Temas relacionados à violência contra o idoso e à adoção de crianças por casais homossexuais foram tratados durante os dois dias de capacitação. Os participantes receberam materiais de apoio por e-mail e irão compartilhar o conteúdo da capacitação em seus ambientes de trabalho.
Nos meses de março e abril de 2012 serão realizadas duas supervisões acerca das estratégias implantadas na capacitação. “Delegamos algumas tarefas para o grupo e veremos se os profissionais colocarão tais conceitos e instrumentos em prática durante os próximos meses”, finalizaram.
Para a psicóloga Maria Inês Peters, secretária executiva da Rede CAAS, “reconstruir os vínculos com as famílias requer intenso trabalho e muito comprometimento”. O advogado Alexandre Gil de Mello, membro da Rede CAAS, avaliou que a capacitação multidisciplinar para atendimento de famílias de média e alta vulnerabilidade foi de extrema importância. “Houve adesão significativa dos profissionais da Educação, Saúde e Assistência Social. A participação do Conselho Tutelar também foi muito significativa”, destacou. “As pessoas começam a perceber a relevância da intersetorialidade”, encerrou.

Latina / Secom – PMP 

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