Receita para fazer um penapolense

Pegue um recém-nascido
Em qualquer parte do mundo.

Dê um banho numa mina
Do Lajeado ou numa das
Veredas do Ribeirão Bonito.

Mate a sede do bebê com
A límpida água da nascente
Do Córrego Maria Chica.

Sua fome será saciada
Com o leite de uma Campesina.
Quando mais velho,
Uma garapa do Seu Jesus
Será bem vinda.
Um sonho do Bambolim
Um pastel do Chico
ou do Bar da Mamãe.

Faça uma visita aos
Museus - sol, histórico
e de folclore - e à primeira casa:
Um banho de cultura.

Leve aos templos mais antigos:
católico, metodista,
batista, espírita:
um banho ecumênico.

Conte à criança os sonhos
Dos mais velhos e os sonhos
Dos mais jovens.

Leve ao cemitério para entender:
 O Carpe diem - aproveite o dia -
Faça de cada dia, um dia melhor,
Como se fosse o primeiro e o último.

Mergulhe o garoto ou a garota
No Tietê e lembre que toda aquela
Água pertenceu a um rio corrente:
Salto do Avanhandava.

Conte que esses lugares foram
Batizados pelos povos indígenas
Que, no passado, eram os senhores
destas terras.

Acorde, um dia, às cinco horas da manhã
E leve o penapolense
Para as esquinas da periferia da cidade:
Conhecerá o cortador e a cortadora
De cana.

Coloque a penapolense numa charrete
E dê uma volta pela cidade:
Conhecerá os contrastes
E as diferenças,
Buscará as unidades e as
Semelhanças.

Visite as fábricas, as olarias,
As cerâmicas e as oficinas.
Bares e lanchonetes.
As escolas e as roças.
Demonstre o valor do trabalho.

Depois dessa maratona
Vá descansar num banco da
Praça Carlos Sampaio Filho.
Em sua companhia terá
Um Cidadão Penapolense.

João Luís dos Santos
Professor e advogado. Prefeito de Penápolis
Homenagem ao Povo de Penápolis