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CIDADE & REGIÃO

12/11/2017

Rádios Difusora e Bandeirantes são autorizadas a transmitirem em FM

Imagem/Carlos Netto
Detalhes Notícia
Equipamentos atuais serão substituídos por novos e de última geração, já adquiridos pelas emissoras

DA REPORTAGEM

A Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações autorizou as emissoras de rádio de Penápolis, que operam em AM, a retransmitirem seus sinais na faixa de Freqüência Modulada (FM), conforme consta no site da agência. As duas, embora não tenham iniciado suas transmissões em FM, estão com suas freqüências definidas e os projetos do parque transmissor e estúdios em andamento, inclusive com a aquisição de novos equipamentos.
A Rádio Difusora vai transmitir no canal 202, em 88,3 MHz, enquanto a Icatu/Bandeirantes ficará no canal 261, em 100,1 MHz, todas classificadas no Grupo A –B2, podendo transmitir com potência de 1.000 watts, que segundo a Anatel deve ter um alcance maior. Ambas deverão instalar suas antenas em uma torre de, no máximo, 90 metros. Conforme apurado pela reportagem, a direção das emissoras trabalha agora na aquisição de novos equipamentos, transmissores e informática, investimentos que superam a casa de meio milhão de reais. Nos próximos dias um especialista (antenista) deve iniciar o trabalho de instalação das antenas na torre da Difusora.

Qualidade digital
O diretor do sistema, que engloba as duas emissoras, Roberto Sodré Viana Egreja, relata que a mudança visa atender, com mais qualidade, os ouvintes que prestigiam a programação das duas rádios ao longo dos tempos. “Haverá um ganho de potência, o que resultará em um alcance bem maior e com qualidade, sendo esse o diferencial.”, explicou. Na avaliação do diretor, os ouvintes não terão mais aquele som chiado e às vezes inaudível, próprios do AM. “Será um som de qualidade, limpo e que vai agradar em muito nossos ouvintes”, disse Roberto Egreja, bastante entusiasmado com as mudanças.
Conforme apuramos, as duas emissoras devem iniciar suas transmissões no FM de forma quase simultânea, pois os processos junto ao Ministério das Comunicações e a Anatel já foram liberados. Cada emissora, só em licença, pagou R$ 65.000,00 que, somados à compra dos equipamentos, projeto técnico, transmissor, torre, antena, receptores, entre outros, ultrapassam R$ 250.000,00 por rádio. 

Parque de transmissão
O diretor informou ainda que todo projeto (parque de transmissão) das duas emissoras será desenvolvido em um só local, no Jardim do Lago, onde se localiza o transmissor da rádio Difusora AM. “São equipamentos de última geração, sempre pensando no futuro. Ali, nesse primeiro momento, ficarão os três transmissores até que a Anatel determine o desligamento do analógico das duas emissoras em AM. Posteriormente ocorre a desativação do parque no jardim Alphaville, ficando todos os equipamentos no Jardim do Lago”, relatou.  

Dial ampliado
Nessa modalidade de serviço de radiodifusão sonora, que opera na faixa de 87,8 MHz a 108 MHz, as duas vão se somar com as rádios Ativa, em 93,5 MHz; Rádio Câmara, em 105,9 MHz (ainda em fase de estudos); Sistema Noroeste, em 94,3 MHz (em fase de instalação) e o canal comunitário, em 107,9 MHZ, que já opera através da rádio Princesa do Eldorado. Essa última, com a autorização de mais uma associação comunitária em Penápolis, deverá dividir seus horários ou diminuir potência para não interferir na programação, já que tem a mesma freqüência. A Radiodifusão Comunitária (RadCom) é a modalidade de serviço de radiodifusão sonora operado em baixa potência e com cobertura restrita, outorgado a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço.

Concorrência
Com a entrada das rádios Difusora e Bandeirantes, e das duas em implantação - mais a Ativa e Princesa - serão cinco emissoras na cidade concorrendo em busca de ouvintes e patrocinadores na mesma faixa. Por outro lado o dial regional deverá ser bastante competitivo, pois as cidades da região também têm emissoras nesse processo e deverão ser sintonizadas (algumas com menor intensidade por causa da potência) em Penápolis. Birigui por exemplo, que tem três rádios em FM, recebeu recentemente autorização no sinal digital para as rádios Clube e Uirapuru. Essas duas estão no Grupo A-B2, com potência de 3.000 watts cada.  Araçatuba, com três emissoras em FM terão mais três – Cultura, Difusora e Luz -, todas com 1.000 watts. 
Em Lins, onde já existiam quatro emissoras em FM, teve o sinal da rádio Alvorada, com 1.000 watts, autorizado no digital, inclusive sendo sintonizada em Penápolis. Em Promissão a rádio Cultura também vai transmitir em FM, embora sua potência seja baixa, com 300 watts. Lá existe também a Band FM, com 15 mil watts de potência.

Inovação
Para alguns especialistas, com publicações na internet, a digitalização do rádio traz muitas novidades. Primeiro, representa a oportunidade de melhor aproveitamento do uso do espectro de radiofreqüências, pois o sinal digital é comprimido, podendo ampliar a cobertura com menor gasto de energia. Com isso, a interferência deixa de ser um obstáculo para ocupação de canais vizinhos, ampliando a possibilidade de mais emissoras no espectro.
Com o digital, cada emissora pode se valer da multiprogramação, onde um mesmo transmissor pode enviar mais de um programa, o que pode ser especialmente útil para emissoras públicas e comunitárias. Novos serviços, uma qualidade de áudio superior e a possibilidade de transmissão de dados adicionais configuram esse novo ambiente digital como oportunidade de negócio para as emissoras, revitalizando o rádio enquanto plataforma de mídia convergente ainda a ser descoberta.
Outra característica chama a atenção é a interatividade: o rádio também pode ser interativo e permitir que os dados, incluindo a transmissão de vídeos, cheguem aos receptores por diferentes meios, tornando o rádio uma plataforma convergente com a internet, por exemplo.

A Migração
A migração para o FM no Brasil surgiu em 2009, com a necessidade de preservar as emissoras que estão ou estavam em AM, e que sentiam a necessidade de aprimorar seus serviços. Em linhas gerais, a Faixa FM possui melhor qualidade de som e tem menos chiado e interferências.
Historicamente, as rádios em AM têm longo alcance (dependendo da faixa e horário de transmissão) e sofrem mais interferências eletromagnéticas, com comportamentos distintos entre dia e noite e com alta degradação imposta pelo ruído elétrico urbano. Já o FM tem comportamento de cobertura mais uniforme entre dia e noite, sendo sensivelmente menos afetado por interferências radioelétricas.
Dados do Ministério das Comunicações dão conta de que existem em torno 1,7 mil rádios em AM no Brasil, das quais mais de 70% (1.381) optaram por fazer seus processos de migração, que não é obrigatória, segundo regulamenta o decreto nº 8.139, de 07 de novembro de 2013. A maioria das emissoras acredita na migração como uma maneira de preservarem seus conteúdos.
 
Estágio atual  no Brasil
Em 2016 o Brasil fez a primeira grande audiência pública para conceder outorgas de faixa FM para as emissoras que optaram pela migração, quando 55 emissoras assinaram seus contratos de adaptação de outorga e iniciaram suas implantações de sistema transmissor. Depois desse período, algumas emissoras fizeram seus contratos individualmente com o Ministério, sendo que no mesmo ano, em outra solenidade pública, mais de 200 emissoras assinaram seus contratos.
Segundo dados da Anatel as rádios que optaram por continuar na faixa do AM têm de se adequar a algumas normas, tais como terem de migrar das potências menores para um mínimo de mil watts, ou ainda terem de fechar suas portas e encerrar atividades caso permaneçam com baixa potência. (Carlos Netto)

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