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CIDADE & REGIÃO

25/03/2007

Psicologia: Adestramento exige estímulos positivos para o cão

Ter um animal de estimação adestrado exige muito além de exercícios de disciplina e comandos de obediência. Ao contrário do que algumas pessoas argumentam, o cão não é tratado com violência, nem privado de alimentação ou brincadeiras para que obedeça conforme a vontade do adestrador. 

É essencial que o cachorro receba estímulos positivos, conforme salientou o adestrador Arnaldo Aguiar dos Reis, que desde 2000 atua nesta área. Segundo ele, é preciso primeiro descobrir o que cada animal pode reconhecer como sendo um estímulo positivo. “Uma brincadeira ou um petisco oferecido são formas de recompensar o animal e mostrar a ele que está sendo beneficiado por obedecer”, disse. O cão deve sempre estar estimulado por algo que ele reconheça como bom, e não como ameaça ou obrigação forçadas. “As manifestações positivas sempre devem superar o lado negativo, para que o cão não tenha impressões ruins do processo de treinamento”, disse.

Arnaldo explicou que cada raça tem um limite de disciplina, destacando ainda a diferença existente de um cão para outro. “Há casos de animais com personalidade e comportamento dominantes, então, são mais difíceis de disciplinar. Em geral, os de raças orientais são mais complicados”, comentou ele, que citou ainda como raças mais acessíveis ao treinamento a poodle, labrador e pastor alemão.

 

Reação

A partir do momento em que o cachorro aprende o significado de um comando, o adestrador inicia as formas de convencê-lo a corresponder a este comando já conhecido. “O cão vai obedecer qualquer pessoa que der o comando certo pra ele”, disse. Nesta fase do ensinamento, é importante que o dono do animal dê continuidade ao processo dentro de casa, já que a disciplina se desfaz se o cachorro receber diferentes tratamentos diante de um comportamento. “O adestramento é uma mudança de comportamento, portanto, o dono do animal também precisa assumir uma postura, para não correr o risco do cachorro obedecer somente o adestrador”, explicou Arnaldo.

 

Aulas

A partir do sexto mês de vida pode-se trabalhar com o adestramento. Não há idade limite, mas os cães mais velhos podem levar a um treinamento mais demorado, já que a criação de um vínculo com o animal pode ser mais difícil do que com os filhotes.

A aula tem a duração média de 50 minutos, sendo realizada uma ou duas vezes por semana, mas tudo depende também da disposição do cão, que pode ainda ser atendido em regime de internato. “Costumo acolher cerca de três cães a cada período, num espaço próprio. Este sistema facilita que o treinador conheça melhor o animal e descubra o momento em que ele está propício a aprender com mais facilidade”, revelou Arnaldo.

No início, o cachorro será treinado com comandos que os disciplina a sentar, a se deslocar e a se aproximar do dono ou treinador. Segundo o treinador, é preciso cerca de seis meses para que o cachorro responda a estímulos como estes. Os exercícios podem ainda evoluir para uma série que envolve ações como a de buscar objetos e transpor obstáculos.

“Tudo depende do que o dono quer”, lembrou Arnaldo. Ele revelou ainda que a maior procura é por treinamentos que visam a obediência do cão, sendo poucos os interessados em adestramento para guarda. Neste segundo caso, são ensinados, por exemplo, exercícios de ataque, sendo que o animal reagirá apenas quando se sentir sob alguma situação de ameaça.

 

Segurança

Independente do grau de adestramento em que o cão se encontra, é importante manter-se sempre atento ao seu comportamento, já que o animal pode agir instintivamente diante de uma situação que ele entenda como ameaçadora, ainda que não seja. “A maioria dos acidentes acontece porque o dono confia na idéia de que conhece totalmente seu cão”, contou, “O cuidado deve ser maior com a aproximação das crianças. Por serem muito ativas e espontâneas, um movimento brusco pode causar alguma interpretação negativa no cão”, disse o treinador.

 

Confiança

Ele salientou ainda que o dono do animal deve pesquisar sobre o treinador que pretende contratar. “É importante ouvir outros clientes e saber se é uma pessoa idônea, e que fará realmente um trabalho sério”, disse. Seu trabalho é aprovado pela SBCAP (Sociedade Brasileira Cães Pastores Alemães), mas ele explica que não há nenhum órgão que regulariza a profissão. “Ainda assim é possível descobrir o profissionalismo do treinador investigando sua atuação na área, como participações em cursos ou concursos de adestramento”, finalizou ele. (AR)

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