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CIDADE & REGIÃO

02/12/2016

Promotores se reúnem contra mudanças no pacote

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Representantes do Ministério Público falaram com diversas pessoas sobre mudanças no pacote de lei anticorrupção

DA REPORTAGEM

Promotores ligados ao Ministério Público de Penápolis se reuniram na tarde desta quinta-feira (01) para uma manifestação contra as emendas feitas ao projeto “10 Medidas Contra a Corrupção” que foi aprovado na madrugada de quarta-feira (30) pela Câmara dos Deputados, em Brasília. O principal destaque foi proposto pelo deputado Weverton Rocha (PDT-MA) onde magistrados e integrantes do Ministério Público (MP) respondam por crime de abuso de autoridade quando atuarem com conduta incompatível com o cargo.
A manifestação foi acompanhada por funcionários do MP, do Tribunal de Justiça e também por munícipes, que se reuniram na frente da sede do MP em Penápolis. Policiais militares também estiveram presentes e a rua que passa em frente ao MP precisou ser interditada.  
Na oportunidade, foram lidas algumas cartas de órgãos ligados aos magistrados e também uma carta pública da Associação Paulista do Ministério Público. O texto original do chamado pacote anticorrupção tinha 10 medidas e foi apresentado pelo Ministério Público Federal e ganhou apoio do MP de São Paulo.
De acordo com o Promotor João Paulo Serra Dantas, o pacote precisava de dois milhões de assinaturas para ser votado, sendo que os penapolenses muito contribuíram para isso. “Colhemos mais de 500 assinaturas em Penápolis. Foi à cidade da região que mais contribuiu, por isso, achamos necessário fazer este encontro para alertarmos a população sobre este ato gravíssimo praticado na Câmara e que vai contra a vontade das pessoas”, comentou.
A emenda ao projeto diz, entre outras coisas, que é crime de abuso quando magistrados e membros do Ministério Público abrirem processos contra alguém sem indícios de culpa, ou divulgar a opinião sobre casos em andamento. Prevê ainda que qualquer pessoa pode fazer a denúncia contra juízes, promotores e procuradores, e que o inocentado pode receber indenização por danos morais. A pena vai de seis meses a dois anos de prisão e multa. “Entre as medidas consideradas como abuso, estão aquelas que no dia-a-dia, precisam ser feitas para o exercício da nossa função e que não são abusivas. Desta forma, se um promotor souber de algo sobre alguém e assim quiser fazer uma investigação mais aprofundada sobre esta pessoa, isso já seria considerado como crime e o promotor poderia responder por isso, o que inviabilizaria qualquer tipo de trabalho dentro da função de um promotor”, afirmou.
A emenda em discussão sujeita o promotor a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. Já os magistrados podem ser enquadrados em pelo menos oito situações, entre elas, se expressar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento.
A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão e multa. “Nossa preocupação em não ser aprovada esta lei não é somente pensando no Promotor de Justiça, mas também pensando como cidadão. Quero que a sociedade tenha promotores e juízes que tenham condições de agir de acordo com a lei e sem medo de exercer sua função”, finalizou.
Além de Penápolis, a manifestação ocorreu também em diversas cidades do estado. Na região, Araçatuba, Buritama, Andradina e Ilha Solteira também tiveram atividades promovidas pelo MP.

(Rafael Machi)

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