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CIDADE & REGIÃO

13/03/2013

Promotor classifica o crime como “cruel” e pede aumento da pena

Rafael Machi
Detalhes Notícia
O Juiz Marcelo Misaka (ao centro) proferiu a sentença dos réus após 12 horas de julgamento

DA REPORTAGEM

Mesmo com a condenação de 58 anos de reclusão para Dirso Belarmino e 52 para Pablo Martins, ambos em regime fechado, o Promotor Público Dório Sampaio Dias, afirmou logo após o término do julgamento que irá recorrer da sentença proferida pelo Juiz Marcelo Yukio Misaka, da 1ª Vara. Em sua tese defendida durante o julgamento ele alegou para os jurados, que o crime teria sido feito de forma premeditada, e classificou como “cruel” a forma como Dirso o efetuou. “Ele sabia o que estava fazendo e não teve pena da própria filha, que o amava. Isso não é coisa que um ser humano faça”, alegou o Promotor. Dório argumentou que Dirso não cumpria com seu papel de pai. “Ele tinha dinheiro para equipar seu carro e colocar acessórios estilizados, mas não tinha para pagar a pensão da filha? Que amor e arrependimento é esse que sente, se não se preocupava com as necessidades da menina?”, enfatizou aos jurados. Em entrevista coletiva, Dório reconheceu que a justiça está sendo feita. “Fiquei feliz pela decisão dos jurados e por ter sido acatado tudo aquilo que foi pedido durante os trabalhos”, comentou. No entanto, o promotor afirmou que mesmo com a condenação dos réus, ele ainda irá recorrer para conseguir um aumento na pena. “O que fizeram foi muito grave, uma covardia, então amanhã mesmo – ontem - vou entrar com recurso para que tenham suas penas aumentadas, pois diante do crime que cometeram a pena imposta ainda é branda”, ressaltou. O advogado de defesa de Dirso, Luiz Gustavo Fornazari, enfatizou em sua tese que o crime cometido pelo réu foi um erro. “Sabemos das dificuldades que ele passou quando criança e que isso lhe ensinou a sempre buscar seus sonhos, trabalhar e ter suas responsabilidades. O Dirso sempre foi uma pessoa prestativa e como qualquer ser humano comete erros, infelizmente errou mas está arrependido e sabe de todas as dificuldades que viveu até aqui”, alegou. Durante a defesa das tréplicas, o advogado e promotor chegaram a se exaltar, gerando uma discussão entre ambos no intuito de defender suas teses, mas os trabalhos seguiram normalmente.

Avaliação Positiva

Juiz Marcelo Yukio Misaka, da 1ª Vara responsável pelos trabalhos do Tribunal do Júri, disse em entrevista que considerou bastante positivo os trabalhos feitos no julgamento. “Foi um trabalho bastante longo e cansativo, mas foi muito bem feito. As famílias e demais pessoas aqui presentes se comportaram bem, tornando este processo difícil em uma oportunidade de se fazer um trabalho correto”, afirmou. Com relação á participação dos jurados, o juiz também avaliou de forma positiva. “É um caso complicado este, existem detalhes que precisam ser bem analisados, mas os jurados se portaram de forma positiva, não tivemos nenhum problema com eles e tenho certeza que analisaram tudo com bastante precisão, de forma que fizessem o julgamento correto”, finalizou. (Rafael Machi)

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