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CIDADE & REGIÃO

26/03/2015

Professores em greve fazem manifesto por mais adesões

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Alunos que participavam da manifestação ficaram parados na porta da escola Adelino Peters pedindo adesão de outros colegas e professores

DA REPORTAGEM

Um grupo de pessoas, entre professores, alunos e pais, saiu na manhã de ontem às ruas de Penápolis para se manifestar em favor da greve deflagrada na última semana pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em defesa de melhores salários e  condições de trabalho. Segundo a diretora estadual do sindicato, Tereza Cristina Moreira da Silva, o objetivo da passeata realizada é o de incentivar mais professores a aderirem ao movimento grevista e mostrar ao Governador Geraldo Alckmin o poder que a greve está tendo em todo o Estado. Ações como esta também foram realizadas em outros municípios. A concentração ocorreu na praça Nove de Julho, em passeata os participantes foram até à escola Luiz Chrisóstomo de Oliveira, onde pararam por alguns instantes proferindo palavras de incentivo aos professores para que saíssem das salas de aula e também participassem da manifestação. Depois saíram novamente em passeata com um carro de som pelas ruas da cidade,  passando pelas escolas estaduais Adelino Peters, Carlos Sampaio Filho, Augusto Pereira de Moraes, e Yone Dias. Como parte do trajeto os participantes pararam na sede da Diretoria Regional de Ensino de Penápolis, onde pediram a adesão dos professores que atuam no local, e solicitaram que a Diretoria pare de enviar professores substitutos para ocupar o lugar dos que estão em greve. Além de Penápolis, o grupo partiria ainda durante o dia para a realização do movimento em outras cidades da região que são abrangidas pela Diretoria de Ensino. Para Teresa, o movimento foi bastante válido para a categoria. “Nosso objetivo principal era chamar a atenção da comunidade para o movimento grevista que busca melhores condições na sala de aula, ofertando uma educação de qualidade. Além disso, serviu para mostrar ao Governador que existe sim greve dos professores no estado, contrariando suas últimas declarações onde ele diz o contrário”, afirmou. Ainda segundo ela, a adesão em toda a região já chega a 40% e a expectativa é de que o movimento cresça ainda mais. “Estamos apenas brigando pelos nossos direitos, o Estado de São Paulo é o mais rico do país e é o que oferece os piores salários, queremos mudar esta realidade, oferecendo qualidade dentro das salas de aula”, enfatizou a diretora. 

Outro lado
Por outro lado, segundo a Dirigente Regional de Ensino de Penápolis, Sueli Bonfietti, a adesão ainda é pequena, sendo que as ausências registradas correspondem às médias de um dia normal. “Acompanhamos diariamente, através do sistema, as ausências nos três turnos de funcionamento das escolas dos oito municípios que fazem parte da área de jurisdição da Diretoria de Ensino de Penápolis, chegando à conclusão de que as ausências registradas nestes últimos dias correspondem às médias normais que são registradas no dia-a-dia”, comentou. Ainda segundo ela, mesmo com a greve que ocorre, todo aluno tem direito às aulas garantidas em lei segundo o Artigo 12 da LDB (Lei nº 9.394/96). Ela explicou que todo o trabalho numa escola é pautado de um lado, no projeto pedagógico e, de outro, no calendário escolar. Ambos têm de ser cumpridos e atendidos, na sua totalidade. “O direito à greve não supõe a suspensão dos direitos do aluno. Caso isto aconteça, a escola deverá recorrer aos mecanismos propostos pela administração superior. Na ausência do professor da classe, a escola chamará um professor eventual para ministrar as aulas”, disse.
Desta forma, ela ressalta que os alunos não serão prejudicados por conta da greve, devendo as aulas não ministradas serem repostas. “Em caso específico da necessidade de reposição de aulas/dias letivos, por qualquer motivo, há um padrão de procedimentos expresso na Resolução SE – 102/2003 dispondo sobre a organização e a forma de reposição de dias letivos não trabalhados e/ou de horas – aula não ministradas, a fim de perfazer os limites estabelecidos em LEI”, ressaltou.

Reivindicações
Os professores querem um aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística para Estudos Socioeconômicos), com jornada de 20 horas semanais de trabalho. Os professores protestam ainda contra fechamento de classes e contra salas superlotadas.
A categoria afirma que o governo ainda não abriu negociações salariais, apesar de quatro pedidos de audiência. Além disso, o sindicato alega que o estado acenou com 10,5% de aumento para 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220 mil profissionais. A Secretaria Estadual de Educação, contudo, defende que houve valorização da categoria.
“Nos últimos quatro anos houve um aumento acumulativo de 45% o que elevou o piso salarial paulista ao patamar 26% maior do que o nacional. Os professores ainda podem conquistar o reajuste salarial de 10,5% por meio da valorização pelo mérito ou por prática pedagógica e de 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira”, informa o texto. Ainda segundo a pasta, “mensalmente são R$ 700 milhões empenhados nos salários dos professores”.

(Rafael Machi)

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