Professor é acusado de mostrar vídeos pornôs em sala de aula

DA REPORTAGEM

A denúncia feita pelo Ministério Público à Justiça de Penápolis e divulgada nesta quinta-feira (04) pelo jornal O Liberal, de Araçatuba, chamou a atenção da rede estadual de ensino. Em uma escola pertencente ao Estado na cidade de Barbosa, um professor estaria exibindo para alunos com idade média de 12 anos, vídeos e fotografias sobre pornografia, tudo dentro da sala de aula. Segundo consta, a denúncia foi oferecida pelo MP após quase dois anos de investigação. 
De acordo com o que foi publicado pelo O Liberal, o promotor José Fernando da Cunha Pinheiro ingressou com representação em que pede a condenação do professor, acusando-o formalmente de mostrar vídeos e fotos pornôs a menores de 14 anos. Conforme a representação, protocolada na 1ª Vara da Justiça de Penápolis e que corre em segredo de Justiça, os casos ocorreram entre 2017 e maio do ano passado.
De acordo com o que foi publicado, a apreensão do material periciado, que contribuiu para conclusão do inquérito, ocorreu em 9 de agosto do último ano. Na oportunidade, foi constatado que o profissional do ensino possuía e armazenava vídeos contendo cenas pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. Foram apreendidos, na ocasião, três CDs, 29 DVDs, 13 pen-drives, três cartões de memória, um celular da marca Samsung, dois HDs externos, um notebook e uma CPU.
Nesses aparelhos, foram constatados vídeos com conteúdo pornográfico envolvendo adolescentes. De acordo com o MP, o denunciado dava, à época dos fatos, aulas de geografia para o sexto e sétimo ano do ensino fundamental.
Durante as investigações, o promotor ouviu testemunhos de vários estudantes. Um deles relatou que, em uma aula sobre o globo terrestre, o professor exibiu, posteriormente, um filme com personagens sem roupas, em quem pessoas do sexo feminino eram classificadas como “mulheres dos deuses”.
Várias também foram as informações de que o denunciado induzia outros alunos a presenciar imagens registradas de pessoas nuas e durante o ato sexual. Já um garoto de 13 anos contou ter sido chamado pelo professor para assistir a vários vídeos com conteúdo considerado impróprio, porém não os viu.

Apuração
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que a Diretoria Regional de Ensino de Penápolis, da qual Barbosa faz parte, fará a abertura de um processo de apuração com o objetivo de analisar a denúncia.
“A Diretoria de Ensino está à disposição do Ministério Público para prestar quaisquer esclarecimentos e/ou informações”, diz a nota da Secretaria de Educação. 

(Rafael Machi – com informações O Liberal/Araçatuba)