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CIDADE & REGIÃO

14/11/2010

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: Apesar de sua importância na história, data não é valorizada

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Em Penápolis, avenida Marechal Deodoro lembra a Proclamação da República

DA REPORTAGEM

No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais. Diante das pressões à Monarquia, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório. Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Dava-se início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo à consolidação da democracia no Brasil.

Valorização
A história da Proclamação da República, apesar de ser uma das mais importantes do país, é conhecida, ou valorizada por poucos. Para o professor de História, Marcos Henrique Farias Reche, falta uma forma de incentivo para as comemorações desta data. “As pessoas podem até conhecer a história e saber do seu valor, mas não comemoram algo que hoje às beneficia, elas tem mais preocupação por ser um feriado onde podem descansar do que com o fato em si”, afirmou. O professor acredita ainda que falte também incentivo por parte das lideranças políticas. “É claro que existem aqueles que valorizam a história do nosso país, porém há aqueles que simplesmente não se importam. Se estes dessem o devido valor, as pessoas poderiam, também, valorizar o fato histórico e não apenas o feriado”, comentou. Marcos revela uma preocupação. Ele comenta que este é um assunto pouco trabalhado nas escolas e que, quando tratado, os alunos não dão importância. “Já tentei, por diversas vezes, tornar este assunto mais agradável aos alunos para que queiram saber mais, infelizmente preferem outros assuntos, talvez até mais atual”, disse. Marcos faz um alerta. “É preciso atitude das lideranças políticas e professores, para que este assunto tenha mais destaque no currículo escolar, os alunos de hoje tem um contato muito superficial, não só com este, mas com outros assuntos sobre a história do país, caso continuem a tratar estes assuntos tão superficialmente, corremos o risco de termos futuros brasileiros que não saibam sua própria história” finalizou. A enfermeira Juliana Nandes Crispin, 27 anos, diz conhecer a história, porém não a valoriza como deveria. “Assim como a maioria das pessoas, o feriado é mais valorizado pela oportunidade de descanso do que pelo fato da proclamação. As pessoas são submetidas à correria do dia-a-dia por isso, quando há um feriado, não querem saber de outras coisas se não descansar”, comentou. Nas grandes cidades, o incentivo à história é maior.

Incentivo
Em São Paulo é possível fazer uma viajem a época da proclamação, através do Museu do Ipiranga, considerado o melhor do país. Em Maceió - AL, a prefeitura mudou nomes de ruas, praças e prédios públicos em alusão às pessoas que fizeram parte da história da proclamação. Em cidades menores, atos como estes são pouco vistos. Em Penápolis, também existem ruas e avenidas que fazem alusão a história, como a Avenida Marechal Deodoro. Formas de incentivo são bem vistas pelos profissionais de ensino, fazer com que as pessoas tenham curiosidade e vontade de saber sobre os fatos do país, é considerada a melhor forma para que a história não fique apenas em livros, mas que seja conhecida pelas pessoas. (Rafael Machi) 

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