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CIDADE & REGIÃO

23/10/2008

Procedimento: Polícia reconstitui o assassinato de professora

Detalhes Notícia

Tomando por base o depoimento de Ariane Graziella Alves Correa, 26 anos,  autora do assassinato da professora Heloísa Maira Araújo Moreira, morta aos 20 anos no último dia 13 de outubro, a Polícia Civil realizou ontem pela manhã a reconstituição do crime.
Os trabalhos foram acompanhados pelo delegado Jovair Marcos Gruppo, do 1º Distrito Policial. Por questão de segurança a acusada foi aconselhada a utilizar um colete à prova de balas. Mesmo sendo acompanhado por um grande número de curiosos não ocorreram incidentes ou protestos durante a reconstituição. Uma mulher fez o papel da vítima e uma faca de plástico substituiu a arma original utilizada no crime.
Ariane justificou sua atitude apontando como motivo um relacionamento amoroso entre a professora e seu companheiro, Robson Gomes de Souza. Segundo ela, apesar de tentar por inúmeras vezes afastar o casal, as investidas não teriam tido sucesso. Naquele dia, segundo sua versão, ela teria ido até o local de trabalho da professora para propor que os três juntos decidissem à situação, mas, teria sido atacada pela professora. Até então as duas não se conheciam pessoalmente. Ariane teria então sacado uma faca adquirida em uma loja de Penápolis e que carregava em uma bolsa, desferindo os golpes.

Fatos novos
Alguns fatos novos foram conhecidos ontem, como a tentativa de fuga de Heloísa, que mesmo já tendo sido atingida por alguns golpes, tentou correr dentro do pequeno pátio interno da escola infantil. A vítima, encurralada em um canto do prédio, recebeu outros golpes até o assassinato se concretizar. Neste momento, alertados pelos gritos, dois homens foram ao seu auxílio e conseguiram dominar Ariane. No total foram dez facadas, duas delas consideradas fatais. A assassina foi segura até a chegada de policiais militares que efetuaram a prisão em flagrante. Já Heloísa chegou a ser socorrida e encaminhada ao Pronto-socorro, onde faleceu.
Como ocorrem durante as reconstituições de crimes, todos os passos efetuados na encenação foram registrados fotograficamente para fazerem parte do processo. Previsto para ter início às 09h, a reconstituição começou por volta das 10h e durou cerca de 45 minutos.

Retorno ao tempo
Ariane, a exemplo do que havia ocorrido no dia do crime, respondeu as perguntas de repórteres. "Eu lamento tudo o que ocorreu, mas se ela não tivesse avançado em mim, sem ao menos saber o que eu tinha a dizer, nada disso teria acontecido. Não vim para fazer isto, mas para saber da parte dela o que estava acontecendo", falou. Segundo a acusada, se tivesse a oportunidade de retornar ao tempo, não teria se casado com Robson. Em seu dedo anular ela ainda mantém a aliança de casamento. "Querendo ou não, ele ainda é meu marido", justificou.

Coerente
Para o delegado, Ariane mostrou coerência com o que disse no interrogatório e o que representou ontem durante a encenação. "A reconstituição será importante para a conclusão do inquérito policial", disse. Jovair destacou ainda que mantém contato telefônico com Robson, que, provavelmente por medo de alguma represália, não reside mais em Penápolis. Segundo o delegado, ao contrário do que teria dito para a família de Heloísa no dia dos acontecimentos, quando apresentou um ferimento na perna e apontou como causa uma facada desferida por Ariane na madrugada que antecedeu ao crime, aos policiais ele apresentou uma versão diferente. Nela, o ferimento teria ocorrido mesmo com uma faca, porém, de forma acidental. Agindo assim, ele isentou de culpa a acusada do homicídio. Ariane, após a concretização dos trabalhos foi levada de volta para a Cadeia Feminina de Buritama, onde permanece à disposição da Justiça. (SRF)

Foto: Ariane, com colete a prova de balas apresentou sua versão ontem na reconstituição do crime

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