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CIDADE & REGIÃO

14/10/2007

Problema: Excesso de pombos na zona urbana preocupa população

Detalhes Notícia

A grande quantidade de pombos na zona urbana tem sido um problema para vários moradores de Penápolis, que convivem com riscos de serem prejudicados com as doenças transmitidas pela ave. A facilidade em encontrar alimentação e abrigo é a condição favorável para a acelerada reprodução. Profissionais do Serviço de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da cidade alertam sobre os cuidados que devem ser adotados para impedir a proliferação destes animais.

Os pombos, cujas fezes podem conter fungos, bactéria e ácaros causadores de várias doenças e alergias, se aglomeram principalmente em pátios de escolas e locais onde encontram restos de comida e sementes. As doenças são transmitidas através da inalação das fezes secas. Na pastelaria Ki-Pastel, localizada na área comercial da cidade, os pombos entram no estabelecimento para se aproveitar dos farelos que caem no chão. “As aves não se intimidam com a presença dos clientes e, quando se assustam com a movimentação, saem voando por cima das pessoas”, disse o proprietário Antônio de Assis Assumpção. Apesar de temer alguma contaminação, ele afirma que a clientela muitas vezes gosta da presença dos animais. “Embora saibam que estas aves podem transmitir doenças, muitas não se incomodam e até gostam de vê-las por perto”, completou o comerciante, que adotou medidas especiais por causa das aves, como a lavagem constante do chão. “Não deixamos que fezes de animais fiquem próximas da lanchonete e tentamos evitar os farelos pelo chão para que elas não se aproximem”, disse o comerciante, que já procurou informações junto aos órgãos competentes e constatou que quase nada pode ser feito para evitar estes animais, protegidos por lei. Qualquer ação que provoque morte ou danos físicos a estas aves é passível de pena inafiançável, com reclusão de até cinco anos.

 

Escola

Há cerca de 20 dias, a escola estadual Adelino Peters voltou a apresentar um problema que preocupou pais, alunos e direção no ano de 2003. Na época, o prédio foi tomado pelas aves, que faziam ninhos até mesmo nas caixas de som, que tiveram que ser retiradas do pátio. Para vedar todas as salas e a quadra, foram providenciadas telas com verba especial de emergência liberada pelo governo estadual. Pedidos feitos à promotoria resultaram ainda numa determinação judicial onde a Prefeitura deveria disponibilizar profissionais para fazer um controle constante no local, o que tem sido realizado há dois anos. Porém, o pátio da escola continua acessível às aves e há alguns dias a quantidade de pombos aumentou por conta da demolição de uma residência próxima à escola, e que era usada como abrigo por centenas de aves. O proprietário da residência foi notificado pela Vigilância justamente pela grande quantidade de fezes e ninhos que o prédio apresentava e, segundo a veterinária do órgão, Larissa Lundstedt, a migração acontecerá para onde houver condições atrativas. “Em breve será feita uma nova avaliação na escola, mas posso adiantar que os pombos só comparecem porque o local lhe dá as condições abundantes de alimentação”, afirmou a veterinária. Para o diretor em exercício na escola, Peter Vladimir Spinoza Montenegro, todas as providências cabíveis são tomadas. “Mal acaba o horário do lanche dos alunos os funcionários já iniciam a varrição do local, que também precisa ser constantemente lavado com desinfetante”, disse. Ainda segundo Peter, os gastos com água sanitária chegam a triplicar e, às segundas-feiras, os responsáveis pela limpeza chegam mais cedo à escola para que os alunos não entrem em contato com as fezes deixadas pelas aves. “As fezes expostas ao sol tem um cheiro ruim e os alunos reclamam. Temos muito medo que alguém fique doente”, contou ele. Aos alunos, também é pedida colaboração na conservação da limpeza.

 

Controle

“A ave só será prejudicial e transmitirá doenças se houver acúmulo de fezes”, lembrou a veterinária. Ela afirmou que o aparecimento destas doenças não é comum na cidade, mesmo porque é difícil comprovar a causa da contaminação. Com a facilidade de alimento e abrigo, a capacidade reprodutiva é acelerada e a quantidade de pombos pode dobrar em apenas um ano, já que não existe uma época especifica para reprodução. A veterinária alertou ainda que a população não deve alimentar estas aves. “A forma correta seria deixar que os pombos buscassem alimentação de forma natural, ingerindo insetos e sementes, que é característico da espécie e ajuda não só a transferir estas sementes para outros locais como a cumprir seu papel na cadeira alimentar, com o controle do número de insetos”, explicou, “Quando a captura acontece desta forma, as aves disputam entre si, ficando mais resistentes na seleção natural, onde há diminuição de animais e de capacidade reprodutiva”, completou a veterinária. (AR)

 

Dificulte a proliferação dos pombos

 

Para afastar os pombos é preciso vedar com telas ou outro material a entrada em locais como forro e aberturas para ar-condicionado. Tampar alimentos e ração dos animais domésticos também dificulta a permanência das aves.

Além de possibilitarem a transmissão de doenças, as fezes destas aves, por serem ácidas, corroem metal, descolorem pedra, apodrecem madeira, danificam pinturas de carros e estragam monumentos históricos. É importante ainda não deixar que as fezes se acumulem e, antes de fazer a limpeza do local, proteger o nariz e a boca com lenços ou panos úmidos e também umedecer as fezes antes de retira-las.

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