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CIDADE & REGIÃO

20/03/2014

Prisão: Júri condena acusado de matar advogada em 20 anos

Arquivo/DIÁRIO
Detalhes Notícia
Durante reconstituição do crime feita em 2011, o acusado demonstrou aos policiais como teria efetuado os disparos em Giovana (foto)

DA REPORTAGEM

O Tribunal do Júri de Penápolis se reuniu durante o dia de ontem para o julgamento de Welington de Oliveira Macedo e Carlos Henrique da Silva Gobes. Eles são acusados de matarem a advogada Giovana Mathias Manzano na madrugada de 14 de junho de 2011 em um canavial próximo à estrada do Retiro, em Penápolis.  Os trabalhos iniciaram por volta das 11h00 com a escolha dos sete jurados, composto por seis mulheres e um homem. Logo em seguida Carlos, que está em liberdade, prestou depoimento respondendo perguntas do juiz condutor dos trabalhos, Marcelo Yukio Misaka, do promotor Gabriel Marson Junqueira, e de seu advogado de defesa, André Tarabini. Durante o interrogatório, Carlos alegou que foi ele quem ateou fogo no carro de Giovana assim que chegou ao local do crime a mando de Welington, mas que ele não sabia que a advogada seria morta. Ele afirmou que foi Welington quem fez os disparos contra a vítima e que neste momento já estava fugindo do local quando ouviu os disparos. Carlos reconheceu que havia visto a arma que Welington trazia, mas que não imaginou para que seria utilizada. Em seguida foi a vez de Welington, que surpreendeu os presentes ao informar que não prestaria depoimento, preferindo permanecer em silêncio. Diante disso, os trabalhos passaram para as acusações da promotoria. O promotor Gabriel Junqueira explanou por cerca de 40 minutos. Entre suas acusações, ele afirmou aos jurados que o Welington havia dito em seus depoimentos anteriores que quando foi a um motel combinar o trabalho com Giovana não teria mantido relações sexuais com ela, mas, segundo o promotor, preservativos haviam sido comprados no próprio motel, segundo nota emitida pelo estabelecimento, no entanto o juiz desconsiderou a informação alegando não haver provas concretas. O promotor afirmou que o réu havia praticado um ato de exploração da vítima, aproveitando o estado psicológico de Giovana, já que ela sofria de depressão e queria o suicídio, para explorá-la financeiramente pra realizar o trabalho. Na ocasião, segundo o promotor, o acusado havia pedido R$ 20 mil, mas recebido apenas R$ 5 mil da advogada, tendo comprado um carro com o dinheiro. Os trabalhos foram interrompidos por volta das 12h20 para almoço dos jurados, que retornaram uma hora depois. Assim, o Tribunal do Júri ficou reunido até às 17h30, quando o juiz proferiu a sentença.

20 anos
O réu Welington de Oliveira Macedo foi condenado a 20 anos de reclusão e 20 dias-multa pelo crime de homicídio qualificado mediante pagamento e incêndio doloso. Na sentença, o juiz disse ainda que o réu já possui outras condenações, como tráfico de entorpecentes e por delitos de uso de drogas. Em um trecho, o juiz citou que Welington demonstrou personalidade deturpada, sendo que sua frieza antes e depois do crime revela aspectos reprováveis de sua personalidade. O juiz também reprovou o fato do réu utilizar o dinheiro pago pela vítima para comprar um veículo. “Na hierarquia de valores do denunciado, a vida de alguém equivale a um automóvel”, acrescentou em na sentença. Outro agravante levado em conta foi a doença de Giovana, depressão. Carlos Gobbes foi absolvido do crime de homicídio qualificado e condenado pela prática do crime de incêndio doloso. Com isso, ele foi condenado a quatro anos de reclusão e 13 dias-multa. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade, tendo direito a penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade por oito horas semanais pelo período da condenação. 

O caso
Segundo divulgado na época do crime, Welington teria recebido dinheiro da advogada para realizar a execução. As investigações foram conduzidas pelo delegado da época, Mauro Gabriel. A dupla teve a prisão decretada. Giovona havia procurado um primo perguntando se ele conhecia alguém que cometeria a execução, pois ela estaria disposta a pagar pelo serviço. Segundo parentes, ela sofria de depressão e já havia tentado, em outras vezes, cometer o suicídio. O acusado afirmou que Giovana o procurou e lhe ofereceu R$ 20 mil para que ele fizesse o serviço, alegando que sofria de depressão e que não tinha mais vontade de viver. O rapaz teria afirmado que ele e Giovana se encontraram no dia seguinte para acertar os detalhes finais do serviço. O suspeito teria deixado a cadeia no mês de maio daquele ano, onde cumpria prisão por tráfico de drogas. Wellington Macedo revelou também que no dia dos fatos, Giovana teria deixado o curso que frequentava, por volta das 23h00, e dado carona a ele e Carlos, que a aguardavam próximo a Prefeitura. Giovana foi quem escolheu o local do crime. Lá ela ainda teria visto o carro em chamas e depois caminhado por alguns metros, momento em que o acusado disparou os três tiros. No primeiro ela estaria de costas e em pé, o segundo e o terceiro teria sido efetuado quando ela já estava caída ao chão. Welington disse que ambos teriam fugido a pé em meio ao canavial e que perderam a arma durante a fuga. Ele revelou ter combinado receber R$ 20 mil pelo serviço, mas teria recebido apenas R$ 5 mil que estariam dentro de um envelope.

(Rafael Machi)

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