Prevenção de acidentes: Maio Amarelo será iniciado nas estradas da região

DA REPORTAGEM

A partir da próxima terça-feira, 1º de maio, a ViaRondon, concessionária que administra a rodovia Marechal Rondon (SP 300), inicia suas ações em apoio ao Movimento Maio Amarelo, que propõe chamar a atenção da sociedade em geral ao alto índice de mortos e feridos no trânsito em todo mundo. O Movimento já conseguiu engajamento efetivo para que, hoje, se torne um dos mais importantes projetos de alerta à segurança viária no Brasil. De acordo com o site do Observatório Nacional de Segurança Viária, o número de vítimas de acidentes de trânsito no Brasil é o maior em todo o planeta e mata mais do que homicídios e o câncer. Para apoiar o movimento, com ações práticas de conscientização a todos que fazem parte do trânsito, a ViaRondon planejou ações para todo o mês de maio, com o apoio efetivo da Polícia Militar Rodoviária (PMRV). A campanha conta com o apoio da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp).
Pedestres, motociclistas, ciclistas, caminhoneiros e motoristas em geral serão abordados e receberão materiais informativos e kits de segurança para uso específico. Para completar o apoio ao movimento a concessionária realizará palestras a crianças de diversas cidades sobre educação no trânsito. Parte destas ações será promovida em Penápolis através da Polícia Militar, por meio do Policiamento Rodoviário, em ação conjunta com o Policiamento Territorial, Concessionária Via Rondon, DER, Tiro de Guerra de Penápolis, Prefeitura Municipal, Imprensa, empresas da cidade e Corpo de Bombeiros.

Ações
As ações promovidas em Penápolis sobre o Maio Amarelo terão início nesta terça-feira, 1º de maio, com a ação Acorda Motorista, que tem como objetivo a conscientização sobre os perigos de se dirigir com sono ou sob o efeito de drogas e medicamentos. A PMRV fará a abordagem dos motoristas e a equipe da ViaRondon fará uma breve explanação dos riscos, além de distribuir folhetos informativos e aferir a pressão arterial do motorista. É uma ação de caráter preventivo que tem como foco informar, conscientizar e orientar os motoristas que é quem pode evitar acidentes, alguns com resultados graves (morte, ferimentos e sequelas irreversíveis), além dos prejuízos materiais. A ação acontece durante a madrugada na base da Polícia Rodoviária de Penápolis, na rodovia Marechal Rondon (SP 300). Esta mesma ação será repetida em outros dias de maio. Os ciclistas também receberão orientações. Em 2017 ocorreram cerca de 20 acidentes envolvendo ciclistas na SP 300.
São acidentes que podem ser evitados em sua maioria, caso os condutores de bicicleta adotem cuidados de segurança, alguns até obrigatórios.
Primeiro não transitar pelas rodovias, mesmo que o caminho seja mais curto e que permite mais conforto ao pedalar. Segundo, utilizar dispositivos e elementos como refletivos e luzes (principalmente à noite) para que os motoristas de carro possam visualizar o trânsito do ciclista.
São esses alguns dos temas contidos no material que a ViaRondon vai distribuir nas ações para alertar os ciclistas dos riscos e dos cuidados que devem adotar para transitar pelas vias públicas. Além disso, a concessionária vai distribuir kits de segurança com elementos refletivos para serem aplicados no guidão, no selim e no aro.
Em Penápolis estas ações ocorrerão nos dias 2 e 4 de maio na rodovia Arnaldo Covolan, que corta a cidade de Penápolis. As abordagens serão somente para orientação e instalação dos kits aos ciclistas.
Os motociclistas também terão acesso a estas informações de segurança durante as campanhas promovidas no Maio Amarelo. O objetivo dessa ação é prevenir acidentes com motocicletas, sempre com danos físicos e materiais de grande proporção. Estima-se que no trecho da SP 300, entre Bauru e Castilho, em média, transitam 53 mil motocicletas por mês. O maior tráfego é nas regiões de Bauru, Araçatuba e Andradina.
Nem todas recorrem aos aspectos de segurança essenciais e até obrigatórios, como elementos refletivos no veículo e no capacete. A concessionária vai distribuir kits contendo os refletivos para capacete e, além deles, antena anti-cerol. São elementos mínimos para que haja a redução do número de acidentes com motociclistas. O essencial, entretanto, é que os motociclistas tenham a consciência dos aspectos que envolvem transitar com seus veículos pelas rodovias e pelas vias urbanas: atenção, cuidado, velocidade, espaço, entre outros.
Para orientar sobre isso, a ViaRondon vai também distribuir um folheto informativo, para sensibilizar os condutores para a questão da segurança viária, questão que recebe todo o foco e atenção das concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo. As ações voltadas aos motociclistas acontecem nos dias 4 e oito de maio, também na rodovia Arnaldo Covolan, em Penápolis. 

Acidentes de trânsito estão entre as principais causas de morte no mundo

São cerca de três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas, ou a 9ª maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são os primeiros responsáveis por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
Se nada for feito, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da Organização das Nações Unidas (ONU) com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020. O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito. 
O problema é mais grave nos países de média e baixa renda. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil (são mais de 40 mil mortos decorrentes de acidente de trânsito por ano). Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta — nesses lugares. 
O cenário do trânsito no Brasil aponta a tendência de 21 mortes por 100 mil habitantes, enquanto que no Estado de São Paulo, a taxa de mortes é menor e na proporção de 15 mortes por 100 mil habitantes, mesmo tendo 35% da frota nacional de veículos e mais que o dobro da proporção de motoristas do país (48% da população estadual versus 21,8% da população nacional).

(Rafael Machi – Com informações ViaRondon)