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CIDADE & REGIÃO

23/09/2015

Prefeitura quer retirar vigilantes que atuam na linha férrea

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Se os vigilantes forem retirados do cruzamento em nível, o próprio motorista terá que se atentar à passagem de trens nestes cruzamentos

DA REPORTAGEM

A Prefeitura de Penápolis está estudando a possibilidade de retirar os vigias responsáveis pelas cinco cancelas ao longo do trecho da linha férrea que passa dentro da cidade. O principal objetivo é o de economizar o dinheiro gasto com o serviço, que tem que ser mantido 24 horas e em todos os dias de semana. 
De acordo com o Secretário Municipal de Administração, José Rocha, hoje a prefeitura gasta mais de R$ 1 milhão por ano com pagamentos destes vigilantes. Segundo ele, mantê-los em todas as cancelas é algo que se torna trabalhoso e com gastos muito altos. “São 28 homens trabalhando o tempo todo nas cancelas, seja durante o dia ou a noite, o que requer este número alto de funcionários, que se revezam durante a semana, fins de semana e também nos feriados”, comentou. 
Outra vantagem, segundo Rocha, é a liberação de vigilantes para que possam atuar em outros locais públicos da cidade, garantindo a vigilância. “Estes vigilantes seriam remanejados para outros locais da cidade, como praças, museus e outros pontos que necessitam deste serviço, o que seria um benefício ainda maior para a cidade, já que estes vigilantes acabam prestando serviços exclusivos nas cancelas”, ressaltou. 
Ele explicou que o estudo está sendo feito através de análise da Legislação Federal sobre o tipo de sinalização que tem que ser colocada em passagens de níveis. “Hoje com o trabalho de vigias nas cancelas, existe uma série de itens que são obrigatórios terem nos cruzamentos com a linha férrea, sendo que sem os vigias são necessários outros instrumentos de sinalização para que haja a segurança de quem atravessa a via. Estamos estudando tudo isso e vendo o que seria mais viável para nossa situação”, explicou. 
Também como medida de estudo na tentativa de melhorar o serviço e fazer com que a prefeitura possa economizar, Rocha revelou que já manteve diversos contatos com a América Latina Logística (ALL) – empresa responsável pelo transporte ferroviário que passa pela cidade – na tentativa de que a prefeitura tenha acesso ao horário de passagem de trem na cidade. A intenção, segundo ele, era a de deslocar funcionários para as cancelas de acordo com os horários pré-definidos de passagem dos trens. “Isso por que toda a movimentação dos trens da ALL é controlada via GPS. Com isso, conseguiríamos saber o momento certo em que a cancela deveria ser fechada, mantendo as questões de segurança dos locais”, enfatizou. Ainda segundo levantamento feito pela prefeitura, por Penápolis passa um trem, em média, a cada 30 horas.

Outras cidades
O Secretário de Administração revelou também que manteve estudo sobre o assunto com outras cidades e descobriu que Penápolis é uma das poucas cidades que possuem o serviço de vigilantes em cancelas sobre passagens de nível. “Podemos pegar o exemplo de São José do Rio Preto, onde apenas uma passagem de nível é mantida com cancela e com vigilante, próxima ao Terminal Rodoviário, onde a movimentação de carros e ônibus é muito grande. Nos demais cruzamentos por toda a cidade não existe vigias em cancelas”, disse.
Rocha citou também o exemplo de Curitiba (PR), onde, além de não haver vigias nos cruzamentos de nível, a cidade ainda conseguiu na Justiça a proibição de passagem de trens na cidade entre 22h00 e 06h00 baseando-se na Lei do Silêncio. 
“Na grande maioria das cidades pesquisadas, o próprio motorista de veículo é quem deve se atentar sobre a passagem ou não do trem no cruzamento no momento em que se for atravessar. Se isso fosse aplicado em Penápolis, teríamos a economia de funcionários e a distribuição dos vigias nos demais pontos que também necessitam deste serviço. Claro que este processo seria muito bem informado à população através de campanhas educativas sobre a travessia da linha férrea e com a melhoria de sinalização nos locais”, finalizou Rocha.

(Rafael Machi)

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