Prefeito Célio fala sobre hospital

DA REPORTAGEM

O município de Penápolis decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira (01) por conta dos problemas enfrentados na saúde local em virtude da paralisação nas internações realizadas pela Santa Casa local. O hospital não possui recursos para a compra de medicamentos e materiais cirúrgicos, o que impede o atendimento para novas internações, sendo decidida a interrupção desde a última sexta-feira (29). Com o decreto, o prefeito Célio de Oliveira (PSD), comunicou oficialmente, através de coletiva com a imprensa na manhã desta terça- feira, que decidiu pela intervenção junto à Santa Casa de Penápolis, por recomendação feita pelo Ministério Público para a reabertura do hospital. De acordo com o decreto nº 4930, de 1º de junho de 2015, a prefeitura passa a controlar, pelo período de 18 meses, a direção e administração da entidade, e já trabalha para a criação de um comitê-gestor que será presidido pelo atual secretário de Governo e Gerência da cidade, Coronel Daniel Rodrigueiro. Além disso, a direção do hospital passa ainda por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde, que também poderá solicitar apoio financeiro dos Governos Federal e Estadual. 
Com o decreto e a declaração do estado de calamidade pública, o município passará a ter o direito de contratar quaisquer serviços, inclusive auditorias, assessorias e consultorias. Com estas medidas de intervenção, o decreto afasta ainda os atuais membros da diretoria e dos demais órgãos de gestão, deliberativo, fiscal, consultivo, supervisor do conselho diretor, administrador hospitalar, superintendências e diretoria técnica da Santa Casa.
Célio ressaltou que mesmo com a administração municipal intervindo na Santa Casa, ainda será necessária a união da população em prol ao hospital. “Precisamos deixar claro para as pessoas que mesmo com a intervenção, os problemas da Santa Casa não desaparecerão. O que a prefeitura está fazendo é colocar um administrador lá dentro para salvaguardar a população a um atendimento que lhe é de direito. O hospital é filantrópico e deverão existir campanhas e atividades para que haja recursos para se manter e é necessário que a comunidade enxergue as dificuldades do hospital e do esforço que está sendo feito para se manter”, ressaltou o prefeito. 
Célio disse que existem algumas coisas que deverão ser feitas no início para tentar amenizar os problemas financeiros do hospital. “A Santa casa tem um déficit mensal. Teremos que descobrir o que gera este déficit, qual o valor exato. Na gestão, temos que aumentar a receita e diminuir a despesa. No caso da Santa Casa, temos que garantir o atendimento e correr atrás de maneiras de suprir as necessidades”, enfatizou. 
Para ele, o mais importante, agora, é fazer com que o hospital não tenha a necessidade de aportes da prefeitura como vinha sendo feito. “Não podemos ficar dando aportes para o hospital sempre que há dificuldades financeiras a fim de resolver o problema de forma momentânea, por isso resolvemos intervir. Serão muitas as dificuldades, teremos que colocar mais dinheiro na Santa Casa, mas agora temos uma situação diferente em que vamos entender o porquê se chegou a uma situação como esta”, finalizou.

(Rafael Machi)