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CIDADE & REGIÃO
19/01/2007
Prazo: Penapolenses são atentos a validade de produtos
A falta de cuidados na hora da escolha de produtos nas prateleiras dos supermercados já não faz parte do perfil do consumidor atual. Segundo eles, a intensa divulgação da mídia sobre a importância da verificação dos prazos antes de levar o produto para casa fez com que as pessoas ficassem mais atentas na hora de transferir as mercadorias para o carrinho de compras.
Consultados pela Reportagem do Diário, os penapolenses afirmaram conferir os rótulos e, ainda que alguns deixem para fazer isso apenas em casa, já na hora da utilização, a opinião geral confirma que o consumidor está consciente sobre seus direitos à troca caso o produto não esteja dentro do prazo de validade.
Confira as declarações dos consumidores:
“Atualmente verifico com mais atenção o prazo de validade dos produtos, principalmente os alimentícios porque consumir alimentos vencidos pode colocar a saúde em risco. Infelizmente, quando não dava muita importância, já aconteceu de levar para casa produtos como manteiga e margarina com validade vencida. Não costumo reclamar, inclusive, já cheguei a jogar fora alimentos como farinhas porque estavam vencidos. Como não são produtos muito caros, não reclamo”.
Matilde Natal de Oliveira, professora aposentada
“Presto atenção nas embalagens de todos os produtos atentando para o prazo de validade, mesmo na compra mensal, quando compramos muitos itens, principalmente iogurte, pães e demais produtos perecíveis. Mas raramente encontro produtos com prazo ultrapassado. Quando isso acontece, volto para trocar, sem problemas”
Sônia Riguetti Calça, dona de casa
“Eu não olho, não tenho a paciência de fica conferindo. Geralmente observo mais o preço. Com certeza as mulheres se preocupam mais com isso, então, confio que a minha mãe fará isso, já que é ela quem faz a compra de casa. Se eu comprar um produto vencido, não volto para reclamar e sim jogo fora e talvez passe até a comprar em outro mercado. Acho ainda que os fabricantes precisam dar mais visibilidade ao prazo, já que sempre são inscrições bem pequenas e na parte de trás da embalagem”.
Rodrigo Garcia Xavier, estudante
“Eu presto muita atenção no prazo de validade dos produtos porque isso é de grande importância para quem vai consumir. Nunca aconteceu de comprar um produto e depois perceber que estava vencido, mas, se acontecesse, voltaria para pedir outro, o consumidor tem o direito de devolver e receber outro.”
Paulo César da Silva, pespontador
Consumidor pode e deve reclamar
A exigência pela troca de produtos dentro do prazo de validade não só é um direito do consumidor como uma medida que auxilia o próprio supermercado.
A afirmação é do gerente do Supermercado Luzitana, Nilton Cesar Lopes. “Procuramos ao máximo verificar isto, mas, por serem mais de 15 mil itens, os consumidores também nos auxiliam nesta tarefa”, comentou. Segundo ele, a população importa-se cada dia mais com estes cuidados por produtos sempre saudáveis. Prova disso pode ser o pequeno número de reclamações para troca, ainda que alguns prefiram jogar o produto fora e não pedir reposição. “É muito raro acontecer, mas, quando acontece, o consumidor pode tanto levar o mesmo produto quanto outro do mesmo valor”, revelou Nilton, “Acontece ainda da pessoa levar o produto, mas não consumir dentro do prazo, e mesmo assim acabamos fazendo a troca”, acrescentou ele.
O gerente contou ainda que os produtos com os menores prazos são os iogurtes, lingüiças, salsichas e congelados em geral, necessitando que a troca de alguns itens nas prateleiras seja feita a cada dois dias. “Temos que tomar muito cuidado com o controle de estoque e reposição”, disse Nilton.
Procon
Esta facilidade em negociar a troca com o próprio estabelecimento faz com que os problemas não cheguem ao Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), conforme declarou a coordenadora do órgão, Eunice Valadão Moreira Alberton. Segundo ela, reclamações contra produtos vencidos em supermercados são quase inexistentes. “Posso dizer que muitas vezes a média é de um caso em todo o ano”, revelou. Eunice reforçou ainda a questão dos direitos da pessoa que for prejudicada com a aquisição de um produto inválido e que esta deve entrar em contato com o estabelecimento para ter o produto reposto. “Os casos são resolvidos com o próprio gerente do mercado, mas, caso haja alguma resistência, o cliente pode procurar o Procon”, disse ela. A coordenadora explicou ainda que os fabricantes também mantém um canal de reclamações com o consumidor através dos SACs (Serviço de Atendimento ao Consumidor), onde é possível conseguir a troca do produto. “Para isso, é importante que o consumidor tenha a nota fiscal que comprove a aquisição do produto na data posterior à validade do item”, revelou Eunice, “Produtos alimentícios fora do prazo podem ser denunciados ainda na Vigilância Sanitária e Epidemiológica”, finalizou ela. (AR)
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