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CIDADE & REGIÃO

22/05/2016

Pró-Livro: Pesquisa mostra hábito da leitura entre brasileiros

DA REPORTAGEM

Ao longo dos anos, muito se tem falado sobre a importância da leitura. Os livros são considerados, por muitos, a principal ferramenta de formação e informação ao homem, além de ser visto como um dos melhores passatempos por aqueles que passam horas viajando nas páginas de um livro. Entretanto, a leitura é um hábito de apenas 56% da população brasileira, segundo pesquisa do Instituto Pró-Livro (IPL). Para ser considerado um leitor, pela metodologia do estudo, o instituto levou em consideração o fato de a pessoa ter lido ao menos um livro nos últimos três meses. Ao todo, foram ouvidas 5 mil pessoas em todas as regiões do Brasil, entre 23 de novembro e 14 de dezembro de 2015. Em relação aos dois últimos estudos feitos pela organização, o percentual de leitores variou pouco, eram 55%, em 2007, e 50% em 2011. Em média, os entrevistados disseram ter lido 2,54 livros nos últimos três meses, sendo 1,06 do começo ao fim. Entre os que têm o hábito da leitura, a média é de 4,54 livros no período, com 1,91 inteiro. Para o presidente do IPL, Marcos da Veiga Pereira, a falta de tempo e o tamanho dos esforços necessários para difundir o hábito dificultam a ampliação do número de leitores. “Tanto na educação quanto na área cultural, o investimento é muito grande e de longo prazo”, ressaltou. “Na escola você tem que ter um investimento no professor, na biblioteca escolar e no mediador de leitura. A gente precisa trazer esses programas, como o convívio com os autores”, sugeriu.
Segundo Pereira, esse deve ser um trabalho conjunto e desenvolvido por entidades do setor privado, organizações não governamentais e o Poder Público.

Hábito
Em Penápolis, é fácil encontrar pessoas que fazem da leitura um hobby, valorizando o livro como importante instrumento de educação. A Advogada Juliana Vieira Costa, 29, conta que adquiriu o hábito da leitura ainda pequena, quando começou a ler uma coleção de enciclopédia que os pais tinham em casa. Depois, passou a ler Best Sellers que eram vendidos em bancas de revistas e que foi evoluindo suas leituras ao longo dos anos. Entre seus livros favoritos está “Carta para alguém bem perto”, da escritora Fernanda Young. “Gosto muito de ler, pois vejo na leitura uma oportunidade de aprender, além de ser, para mim, uma terapia relaxante”, comentou a advogada. Juliana tem uma verdadeira biblioteca em sua casa com pelo menos 200 livros que vão desde poesias, passando por filosofia e até mesmo leitura espírita. As bíblias também são paixão para a advogada, que possui uma coleção particular de vários tipos de livros, que possui ainda em seu quarto uma diversidade de livros voltados ao Direito e também para seu estudo para concursos públicos. Atualmente, ela tem se dedicado aos livros de Bianca Toledo. “Vi uma entrevista com ela falando sobre sua experiência de vida e achei muito emocionante, por isso, resolvi comprar alguns livros dela para conhecer um pouco mais sobre sua história e estou gostando muito, afirmou a advogada que lê, em média, três livros por mês. Quem também faz da leitura seu hobby é a estudante Rúbia Cristina Domingues de Freitas, de 18 anos. Sua leitura favorita é que fala de guerras e lutas medievais. Leitora desde pequena, a estudante desenvolveu o hábito também pequena. “Sempre tive influência de minha mãe e irmã mais velha, que também gostam muito de ler. Eu, pegava livro na biblioteca da escola e devolvia quando acabava de ler, venho fazendo algo que gosto muito”, explicou a jovem que lê três livros por mês. Entre sua leitura favorita está “Para sempre”, de Alyson Noel. “Na verdade só tive a oportunidade de ler um livro até agora, de um total de seis. Gostei do primeiro e busco a oportunidade de continuar esta leitura, que achei fantástica”, disse.  Entretanto, na casa de Rúbia, a leitura não é uma prioridade para todos.Sua irmã mais nova, por exemplo, Verônica Júlia Domingues de Freitas, de 15 anos, confessa que não tem muita paciência para a leitura. “Infelizmente eu acabo julgado o livro pela capa, ela tem que chamar minha atenção para eu começar a ler, mas isso não é garantia de que eu vá concluir a leitura, normalmente acabo parando antes”, revelou.

Preços
Tanto Juliana como Rúbia concordam que os preços de livros no Brasil não são tão acessíveis quanto deveriam ser. O livro preferido de Rúbia é encontrado, na internet, ao valor médio de R$ 40 enquanto o de Juliana tem média de preço de R$ 46. “A maioria dos livros são caros. Isso porque a internet ainda consegue vender livros com preços um pouco mais em conta do que uma loja física. Uma família com recursos financeiros mais limitados não compraria um livro a este preço e deixaria de comprar a mistura da semana, por exemplo, isso gera um desestímulo muito grande até mesmo do poder público”, comentou. “Rúbia concorda que livros deveriam ser mais acessíveis. Acredito que muitas pessoas se interessam por determinado livro, mas acabam não tendo acesso por falta de dinheiro e pelo fato de que, muitas vezes, esse livro não é disponibilizado numa biblioteca”, afirmou.

Preferências
Ainda segundo a pesquisa do IPL, entre os leitores, 42% disseram ter o hábito de ler a Bíblia. Em seguida, entre as leituras frequentes, aparecem os livros religiosos, os contos e os romances, com 22% da preferência do público. Os livros didáticos são habituais para 16% da população e os infantis, para 15%. As bibliotecas ganharam espaço como local de leitura. Em 2007 e 2011, esses locais eram usados por 12% dos leitores. Na nova versão da pesquisa, referente a 2015, 19% dos entrevistados que costumar ler disseram usar a biblioteca para essa atividade. No entanto, a casa ainda é o principal local de leitura, utilizado por 81% dos leitores. Em seguida vem a sala de aula, com 25% da preferência. Apesar de 77% dos leitores terem dito que gostariam de ter lido mais, 43% disse que não o fez por falta de tempo. Entre os que não têm o hábito da leitura, 32% alegaram a mesma razão para não se aproximar dos livros. Outros 28% disseram simplesmente que não gostam de ler e 13% que não tem paciência. O percentual das pessoas que disseram não ter problemas para ler caiu de 48%, em 2007 e 43%, em 2011, para 33%, em 2015. Entre os que têm dificuldades, a limitação com maior número de menções é a falta de paciência (24%), em seguida estão os acreditam que leem muito devagar (20%) e os que têm problemas de visão (17%).

(Rafael Machi/Com informações IPL)

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