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CIDADE & REGIÃO

01/08/2010

Polêmica continua com a “Lei contra as palmadas”: Entrevistados vêem nova determinação com restrição

DA REPORTAGEM

A polêmica lei que tentará impedir que os pais eduquem seus filhos sem agressões físicas não ganhou a simpatia dos entrevistados, de acordo com os entrevistados pela nossa reportagem. A maioria foi unânime em apontar o diálogo com os filhos como o melhor caminho para uma boa educação, mas se mostraram totalmente contrários ao que a nova lei tenta determinar, acreditando que o assunto deve ser resolvido dentro do próprio lar. "Não se pode confundir palmadas com espancamento", disseram. Um dos que tem esta opinião é o comerciante José Raphael Caputo, o "Carioca". Segundo ele, nunca precisou bater em seus filhos, mas reconhece que o tema é complicado e não existe uma regra básica a ser cumprida. "O certo é ocorrer o diálogo desde cedo, educando nossos filhos desde o berço e, se tivéssemos escolas preparadas para complementar este ensinamento, ninguém precisaria bater em ninguém", afirmou. Carioca se lembra que em sua vida apanhou de sua mãe somente uma vez de sua mãe. "Nossa residência ficava próxima à linha férrea. Um dia jogamos terra contra uma composição que passava e atingiu o restaurante. O chefe da estação nos conhecia e contou para minha mãe. Desta vez não escapei e apanhei. Mas ela sempre foi favorável ao castigo sem agressão, privando-nos de algo que apreciávamos", lembrou. "Se a lei for cumprida, os pais ficarão com as mãos atadas", reconheceu.

"Palmada pedagógica"

O prefeito João Luís dos Santos, também não vê nenhum problema no que ele classifica como palmadas pedagógicas. "Sou totalmente contra a lei, já que a relação entre pai e filhos não precisa ser regrada por lei", destacou. João Luís também lembrou que a atual legislação já prevê punição para os pais que se excedem na forma de educar e acabam cometendo espancamento. "A lei já proíbe a violência contra os filhos. Eu sou contra as agressões, mas a favor das palmadas pedagógicas", relatou. João Luís lembrou que, quando criança, apenas os olhares dos pais já demonstravam que eles estavam reprovando alguma atitude. Uma das vezes que o prefeito se lembra de ter levado "uma palmada pedagógica" de seu pai ocorreu quando brincava com o irmão mais novo. "Não cuidei direito dele, que caiu e se machucou. Levei umas palmadas pedagógicas para aprender a ficar mais vigilante", recordou.

"Testando limites"

O ex-vereador e capitão da reserva do Exército, Adolpho Avoglio Hecht, também não vê com bons olhos a nova determinação. Adolpho garante que nunca teve necessidade de ter dado algumas palmadas em suas filhas, pois, segundo ele a criança pode ser educada até mesmo com um simples olhar. "O que educa a pessoa para a vida é os pais saberem dizer o "não". Se ficar proibido de os pais darem umas palmadas tornará difícil a relação. Eu fico bravo até em ver um animal sendo agredido, mas reconheço que muitas vezes é preciso agir com rigor com crianças mal educadas", relatou o capitão. Para o entrevistado, as crianças testam os limites. "Alguns são birrentos, desrespeitam os pais e até com xingamentos. Neste caso, uma palmada não trará nenhum problema, pois caso contrário, no futuro serão provavelmente, os pais é que levarão as palmadas", destacou. Adolpho Lembrou que, apesar de ser contra esta lei, também não é favorável em bater de forma desproporcional. "A melhor educação envolve carinho, amor e conversa", reconheceu. Como os demais entrevistados, ele se lembra do dia em que levou umas varadas nas pernas, dadas pelo pai. "Mas, é preferível a criança levar umas palmadas dos pais, do que acabar na prisão e apanhar da polícia", finalizou o entrevistado. (SRF)

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