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CIDADE & REGIÃO

20/09/2007

Polícia: Réu é condenado a 14 anos de reclusão

O frentista José Carlos Pinto, 43 anos, conhecido pelo apelido de “Deda”, acusado da morte de sua esposa, Edna Rodrigues Magrini Pinto, foi condenado ontem pelo Tribunal do Júri de Penápolis, a cumprir uma pena de 14 anos de reclusão. O crime ocorreu por volta das 00h20 do dia 11 de abril de 2006 na residência do casal, na rua Cinco, no Jardim dos Sonhos, em Penápolis, e teria sido motivado pelo fato de Deda não aceitar a separação conjugal. Quatro facadas acertaram a mulher, uma nas costas e três na região torácica. Os trabalhos foram presididos pelo juiz Rodrigo Chammes, atuando na acusação o promotor Dório Sampaio Dias e na defesa o advogado Luiz Gustavo Ferreira Fornazari. Através de sorteio o Conselho de Sentença foi formado por quatro homens e três mulheres. Desde o dia do crime, quando foi preso em flagrante, Deda permaneceu nesta condição até o julgamento. Após um período na Cadeia Pública de Penápolis, atualmente estava detido no Centro de Ressocialização de Lins, de onde foi trazido. Com a condenação, da qual deverá cumprir ao mínimo 2/5 para então poder apelar em liberdade, Deda será transferido para uma penitenciária da região.

O julgamento, acompanhado por vários parentes da vítima do homicídio, foi marcado por momentos de emoção. Não somente o réu, como familiares, não tiveram como conter as lágrimas. O pai de Edna, que pretendia acompanhar os trabalhos, foi preciso ser socorrido às pressas ao sofrer um princípio de enfarto.

 

O crime

Pelo o que foi apurado pelo setor de investigação da Polícia Civil e pelo Ministério Público, Deda, que trabalhava em um auto posto, distante cerca de um quilômetro de sua residência, no dia do crime deixou o serviço um pouco antes do habitual e ao chegar em casa e arrombar uma porta, pegou uma faca de cozinha e desferiu os golpes na mulher, vitimando-a fatalmente. A primeira estocada teria sido aplicada nas costas e as demais, na região torácica, após ele ter aplicado uma “gravata” na companheira. Edna havia ajuizado a ação de separação mas ele não pretendia se separar. Após desferir os golpes, segundo testemunhas, Deda tentou se matar, desferindo golpes contra seu pescoço e tórax. Na época chegou-se a cogitar de que ele perderia a fala, o que não ocorreu. Antes teria também investido com a faca em direção a uma filha que no momento carregava uma criança de cinco meses no colo. O genro, segundo testemunhas, com o uso de um colchão conseguiu impedi-lo de uma possível agressão.

 

Suposta traição

Ao depor ontem, Deda destacou que suspeitava que Edna o estava traindo e relembrou de um primeiro episódio ocorrido cerca de dois anos antes do homicídio em uma outra residência onde vivia com a família. Alertado que supostamente Edna estivesse mantendo encontros amorosos com um vizinho, decidiu por vender a residência, da qual havia pagado 20 anos de empréstimo, e adquirido o imóvel onde ocorreu o crime. O casal, segundo ele, apesar de dividir a mesma residência, já mantinha-se afastado de encontros íntimos, já que a mulher dormia na sala. Nesta fase desgastada do casamento, segundo ele, Edna passou chegar rotineiramente de madrugada em casa. Mesmo com o ambiente negativo, ele chegou a se auto-flagelar ao marcar em seu peito as iniciais de seu nome e de Edna, utilizando para isso uma lâmina de barbear. No dia do crime, de seu local de trabalho, avistou Edna sentada à uma mesa de uma lanchonete com uma irmã. Após algum tempo, segundo ele, com a chegada de um casal à mesa, a irmã saiu e um desconhecido se juntou ao grupo. Este desconhecido, segundo Deda, oferecia cerveja e alisava o braço de Edna. Momentos depois a esposa, com o casal, saiu com o grupo no carro do desconhecido. Ele decidiu por deixar o serviço e ir atrás. Visivelmente perturbado, afirmou que ao chegar em casa ouviu o genro, que estava em sua casa, orientar Edna para que o deixasse. Ao contrário do que afirmaram as testemunhas, Deda negou que tivesse arrombado a porta, que teria sido aberta pela companheira, e ao pegar a faca em uma gaveta cometeu o crime. Chorando muito nesta fase do interrogatório, disse que não se lembra ao certo de como tudo ocorreu, destacando ter ficado cego pela emoção. Também negou que tivesse tentado suicídio, apesar de ter sido socorrido com sérios ferimentos à faca no pescoço e tórax. Testemunhas confirmaram a versão da auto-lesão, destacando que o intento de cometer suicídio somente não foi alcançado pelo fato do genro, com o uso de uma pá, ter desferido um golpe que o deixou atordoado. Antes do crime confessou que havia ingerido uma lata de cerveja e que, acreditando ser uma forma de provocação, Edna exibia perfumes e roupas, se negando a dizer se havia ganhado ou comprado. Em uma crise de nervos ele confirmou ter rasgado uma das peças exibidas pela mulher. Até então ele nunca havia sido processado ou preso. (SRF)

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