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CIDADE & REGIÃO

25/11/2010

Polícia Federal confirma vazamento de informações do Enem

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Após a prova do Enem em Penápolis alunos discutem erros visíveis na avaliação

DA REPORTAGEM

A Polícia Federal divulgou ontem que houve um vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), realizado no dia 7 de novembro. A constatação, de acordo com a assessoria da PF, aponta para uma professora e o marido como acusados pelas informações sobre a prova de redação. Ambos foram indiciados e podem pegar até seis anos de prisão. Segundo as investigações da polícia, uma professora da cidade de Remanso - BA teve acesso a um dos textos de apoio da redação duas horas antes do início das provas, e ligou para o marido em Petrolina, no interior de Pernambucano. As informações repassadas por ela foram relatadas ao filho, que realizaria a prova na cidade pernambucana. Já na sala onde a prova seria aplicada, o filho consultou um dos professores sobre como escrever sobre “trabalho e escravidão”. Foi essa pergunta, relacionada a um dos temas presentes na prova de redação, que motivou a suspeita do aplicador e a denúncia de um possível vazamento. Mais de dez pessoas foram ouvidas, perícias foram feitas e, com base nesses dados, o sigilo telefônico dos envolvidos foi quebrado. O casal foi indiciado por violação de sigilo. O inquérito da PF já foi encaminhado à Justiça Federal baiana.

Cancelamento
Na última semana, o ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou que a confirmação de um vazamento do Enem poderia motivar a anulação do exame, já que outras falhas também foram registradas na encadernação, cabeçalho trocado e brigas jurídicas, porém o MEC (Ministério da Educação) se pronunciou a respeito do suposto vazamento da prova deste ano do Enem e informou que o exame não será anulado. De acordo com o MEC, a conclusão da investigação da Polícia Federal no Nordeste, que indicou o vazamento de dados da prova, não comprometeu o sigilo de qualquer conteúdo relacionado. O Enem já enfrentou um vazamento, em outubro do ano passado. Funcionários que trabalhavam na gráfica responsável pela impressão das provas tentaram vender um dos cadernos à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo e a outros veículos da imprensa por R$ 500 mil, mas acabaram identificados e presos e exame acabou cancelado. Para a estudante Sabrina Gomes, 17 anos, que prestou a prova na Faasp, todos estes problemas do Enem mostram a fragilidade do sistema de educação no país, bem como critica a ação da professora. “Ela não poderia ter tido esta atitude, tinha que ter pensado nas consequências”, disse. A estudante comentou sobre a segurança com relação aos fiscais da prova. “Já que eles têm acesso às informações das provas, deveriam ficar incomunicáveis, mas não foi isso que aconteceu já que ela teve livre acesso à um telefone para realizar a ligação”, comentou. Sabrina ressaltou sua insatisfação. “Se tivesse que realizar novamente a prova eu faria, mas não acredito na credibilidade do Enem”, ressaltou. (Rafael Machi)

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