Polícia estoura central de falsificação de DVD

Investigadores da Delegacia de Polícia do Município estouraram ontem, por volta das 12h, em uma residência de luxo no Residencial Villaje, em Penápolis, uma central de falsificação de DVDs especializada em piratear filmes em série. O nome do acusado, que após ser ouvido foi liberado, bem como o endereço, não foi divulgado. Os policiais foram à residência munidos de um mandado judicial de busca e apreensão, após receberem denúncias do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, o ECAD, que cuida dos direitos autorais, afirmando que o penapolense realizava a comercialização de produtos piratas. Como o acusado mantinha um site de vendas na internet, um representante do órgão fez uma encomenda, que serviu como prova. Até ontem à tarde, mesmo após os policiais desbancarem e apreenderem computadores e uma grande quantidade de DVDs e matrizes, era possível acessar ao endereço. Segundo o delegado Mauro Gabriel, o acusado, um estudante universitário de 26 anos, foi denunciado de manter o site de comercialização de seus produtos. “Pela manhã uma equipe de policiais foi até o endereço e no quarto do autor foi encontrado um farto material já falsificado, bem como um computador e aparelhos eletrônicos utilizados na falsificação”, explicou o delegado. Dentre as apreensões havia DVDs, fitas cassetes originais e matrizes para serem copiados. A qualidade dos encartes e das embalagens, devido à boa impressão, chamou a atenção dos policiais. Devido às evidências o universitário confirmou que mantinha o site a cerca de um ano para vender o que produzia, mas que há dois anos já vinha falsificando em escala menor. A princípio as vendas ocorriam com trocas de e-mail, até que ele decidiu aumentar o negócio e criar um site específico. Feita a encomenda, elas eram remetidas pelo Correios. “Sua especialização era de comercializar DVDs de filmes de séries”, afirmou Mauro Gabriel. A estrutura que mantinha também foi considerada como grande. “Era quase que profissional, já que o material de impressão, de alta resolução, é de primeira linha e o computador mantinha três gravadores de DVDs. Além disso, as etiquetas eram perfeitas”, enfatizou o delegado que instaurou inquérito para melhor investigar. Após ser ouvido o autor foi liberado, mas, caso condenado, poderá ficar preso pelo crime de violação de direitos autorais com pena de um a quatro anos de prisão. 

Oportunidade
Ao depor o estudante afirmou que após ter concluído um curso superior não conseguiu arrumar emprego. Ele passou então a comercializar assessórios de computador e brinquedos pela internet e, como sabia que outras pessoas vendiam DVDs de filmes, decidiu também adentrar no ramo. Os preços variavam desde R$ 10,00 a R$ 50,00, sendo que o comprador efetuava o pagamento em conta corrente e posteriormente o material era remetido. Sua entrada na falsificação foi facilitada pelo fato de gostar de filmes. Durante os lançamentos, afirmou, tinha por hábito locar uma unidade e fazer cópias para seu arquivo pessoal. Afirmando estar arrependido o estudante disse que pretendia manter a irregularidade até que surgisse uma oportunidade de emprego. (SRF)

Foto: Farto material para falsificação foi encontrado no quarto do acusado