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CIDADE & REGIÃO

05/02/2014

Polícia de Barbosa busca ossada de homem desaparecido

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Investigadores e funcionários da prefeitura de Barbosa procuravam os restos mortais de Antônio Donizetti (destaque) que poderia estar no Aterro Sanitário

DA REPORTAGEM

 

A Polícia Civil de Barbosa esteve na tarde de ontem no Aterro Sanitário daquele município à procura de uma ossada que seria de um homem de 56 anos que está desaparecido desde setembro de 2012. Antônio Donizetti Moreira morava em José Bonifácio, mas estava em Barbosa visitando uma namorada quando desapareceu. A suspeita da polícia, é que a vítima tenha sido morta pelo irmão da namorada, um torneiro mecânico de 33 anos, que teve sua prisão temporária decretada na manhã de ontem, ele confessou o crime, mas a polícia ainda investiga o paradeiro do corpo da vítima para que haja provas concretas para o prosseguimento das investigações.

Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Nivaldo Martins Coelho, o crime teria ocorrido na Vila Renato, em Babosa e já vinha sendo investigado há tempos e que no dia 28 de janeiro, peritos estiveram na casa da namorada da vítima procurando vestígios, encontrando manchas de sangue no local. Materiais foram colhidos para análise e somente um laudo poderá dizer de que se tratava de sangue humano ou de animal. Caso fique provado se tratar de humano, um DNA poderá ser pedido para confirmar se era de Donizetti. No dia seguinte aos exames da perícia, o suspeito procurou o delegado e confessou que havia sido ele o autor do crime. Em seu depoimento, o rapaz alegou que na noite de 14 de setembro de 2012 estava na casa da irmã tomando conta do local, pois ela estava em viajem para São Paulo, quando a vítima chegou dizendo que também teria o direito de permanecer no imóvel, e contra a vontade do suspeito, entrou no banheiro para tomar banho.

O acusado revelou que como já havia desavenças com a vítima, pegou um pedaço de pau e o esperou atrás de uma porta. Assim que Donizetti saiu, foi atingido por dois golpes na cabeça. Insatisfeito, ele ainda teria pegado um facão desferido um golpe no pescoço do rapaz. "Depois de tudo isso, ele ainda confessou que esquartejou o corpo da vítima e passou parte da madrugada colocando dentro de sacos plásticos", comentou o delegado. Consta ainda no depoimento do rapaz que após isso, ele teria colocado estes sacos em uma caixa de papelão e em uma bicicleta se livrou jogando no rio Tietê. Durante as investigações, a polícia descobriu que entre os dias 06 e sete de setembro, diversas ligações foram feitas do celular do acusado para o celular da irmã, sendo que entre 19h15 do dia 6 até às 06h16 do dia 7, foram registradas 14 ligações. Isso chamou a atenção da polícia, que descobriu que o crime teria ocorrido, na verdade, no dia 06 de setembro, véspera de feriado. Por conta da contradição e também com o intuito de manter as investigações através do suspeito, o delegado pediu sua prisão temporária, sendo um mandado expedido pela Justiça de Penápolis. A prisão ocorreu na manhã de ontem e o torneiro foi encaminhado para a Delegacia de Barbosa, onde prestou esclarecimentos durante todo o dia.

Mudou a versão

Após ser preso, o torneiro acabou mudando alguns fatos de sua versão anterior. Ele continuou confessando a autoria do crime, mas alegou que não esquartejou o corpo de Donizetti, mas que deu golpes de pau e de facão, que atingiu o rosto e pescoço da vítima. "Na nova versão, ele alegou que depois do crime, colocou o corpo em uma carroça que seria de sua mãe e o transportou até o Aterro Sanitário, onde jogou em uma vala do local", revelou o delegado. Nivaldo disse que esteve duas vezes no local com o acusado e que ele apontou onde teria jogado o corpo. Com a ajuda de maquinários da Prefeitura de Barbosa, investigadores passaram toda a tarde escavando o local à procura do corpo. Durante as buscas, ossos foram achados em meio ao lixo, mas somente um laudo da perícia poderá confirmar se são de um homem. "Já passou muito tempo que este corpo estava aqui e por se tratar de um aterro muitas coisas foram jogadas no local, por isso temos que ter muita cautela ao encontrar um osso, já que não sabemos se tratar de restos humanos ou de animais", explicou Nivaldo. Funcionários do Instituto Médico Legal de Penápolis foram acionados para ajudar nas buscas. Até o fechamento desta edição, uma equipe permanecia no local nas buscas da ossada e os trabalhos seriam retomados na manhã de hoje.

 

Familiares

A família da vítima acompanhou durante o dia a busca dos policiais no Aterro Sanitário. Eles revelaram para a reportagem que durante todo o tempo em que Donizetti esteve desaparecido eles ainda tinham esperança de encontrá-lo vivo. Segundo eles, diversos cartazes com a foto do rapaz foram espalhados por toda a região a fim de obter informações sobre seu paradeiro. A esperança dos familiares era de que Donizetti tivesse perdido a memória e estivesse vivendo como andarilho. "Por causa disso buscamos informações em toda a região. Fomos às ruas procurando por ele na esperança de que um dia o encontraríamos. Até na estrada quando víamos alguém parávamos para ver se não era ele", comentou a filha de Donizetti. Funcionários do Instituto Médico Legal de Penápolis foram acionados para ajudar nas buscas.

Até o fechamento desta edição, uma equipe permanecia no local procurando a ossada, os trabalhos seriam retomados na manhã de hoje. (Rafael Machi)

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