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CIDADE & REGIÃO

24/03/2017

Polícia conclui inquérito sobre suposto estupro coletivo

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis finalizou o inquérito sobre a investigação do suposto estupro coletivo contra uma vendedora de 22 anos ocorrido em agosto do ano passado. De acordo com a Delegada de Defesa da Mulher, Maria Salete Cavestré Tondatto, um vídeo que teria sido filmado pelos agressores passou por análise e mostrou que, nos momentos filmados, houve o consentimento da vítima em relação à prática sexual, bem como os laudos do Instituto Médico Legal (IML) não apresentaram violência sexual. Na madrugada do dia sete de agosto de 2016 a jovem teria sido levada de um bar por quatro homens até um motel da cidade, onde teriam a obrigado a manter relação com eles. O caso chamou a atenção da imprensa nacional, que destacou o fato em sites, TVs e jornais. De acordo com a delegada, um dos acusados apresentou um vídeo com momentos da relação que teria sido filmado por ele. O mesmo passou por análise no Instituto de Criminalística (IC) e o laudo apontou que as imagens indicam uma relação com o consentimento da vítima. “Foram poucos minutos filmados. O laudo apontou que não houve nenhum corte das imagens e que o vídeo não foi adulterado, apontando ainda que durante o ato filmado, à vítima tinha ciência do que estava ocorrendo”, disse a delegada.
Salete revelou também que a jovem, dias depois do fato, mudou sua versão de que ela teria sido tirada à força do bar onde estava com os acusados. Ela contou que saiu com os rapazes e que foi ao motel com eles, onde passaram a ter relações sexuais. Entretanto, o estupro teria ocorrido já no interior do motel, quando ela teria sido forçada por eles a algumas práticas durante a relação. “Ela alegou que foi forçada a fazer algumas coisas durante a relação e que por isso procurou a polícia posteriormente com a denúncia. Mesmo ela tendo consentido em sair com os homens, mas no momento do ato ter sido forçada a alguma coisa, o fato também pode ser considerado um estupro”, explicou à delegada.

Laudo negativo
Apesar da alegação da vítima em ter praticado atos forçados durante a relação, a delegada revelou também que o laudo do IML sobre o exame de corpo de delito da jovem apontou resultado negativo para vestígios de violência sexual, o que contradiz a versão da jovem. “O exame foi feito horas depois do abuso, por isso acreditamos que os resultados deveriam ter sido diferentes. Mesmo assim, por conta da acusação da vítima, mantivemos o inquérito e o caso foi relatado e encaminhado ao Fórum da cidade para que se prossigam os procedimentos necessários”, disse.

Boletim de Ocorrência
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado pela jovem, horas depois do estupro, ela contou que quatro rapazes teriam tirado ela à força de um bar, no centro da cidade, e a forçado manter relações sexuais por cerca de duas horas. Ela disse para a polícia que estava com uma amiga em um tradicional bar da cidade, de grande concentração de jovens aos fins de semana, onde ambas teriam ingerido bebidas alcoólicas. Em determinado momento, quatro rapazes se aproximaram delas e começaram a conversar. Outro jovem teria ficado conversando com a amiga, quando os quatro primeiros pegaram a vítima pelos braços e a forçaram a entrar em um veículo, alegando estar embriagada. Ela foi levada para um motel às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP 425), onde entraram em um dos quartos e mantiveram relação sexual forçada com a jovem, tendo eles ainda filmado toda a ação. A garota revelou que percebeu o momento em que eles filmavam e pediu para parar, mas eles recusaram. A mesma versão foi apresentada por ela em entrevista à TV TEM.

Acusados
Os quatro jovens acusados de praticarem o estupro foram ouvidos pela polícia e alegaram que o ato sexual teria ocorrido com o consentimento da jovem. Eles revelaram que ficaram conversando com a vendedora no bar onde estavam e que depois disso, e com o consentimento da dela, foram para uma praça do residencial Mais Parque. Segundo a polícia na época, a própria amiga da vítima, que estava com ela no bar, teria confirmado que a vendedora saiu do local com os jovens por sua espontânea vontade. Os quatro rapazes afirmaram que passaram um tempo na praça e que a própria jovem sugeriu que eles fossem para o motel, tendo todos eles ido ao local. Eles disseram em depoimento que mantiveram relação sexual com a jovem, mas que em nenhum momento teriam forçado-a a fazer nada, alegando que ela tinha conhecimento de tudo e não se opôs.
Em depoimento na época eles também disseram que apagariam as filmagens feitas pelo celular, mas que mantiveram as imagens depois da acusação como forma de defesa.

(Rafael Machi)

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