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CIDADE & REGIÃO

02/09/2016

Polícia conclui inquérito sobre feto com mais de 25 anos

Imagem/Arquivo DIÁRIO
Detalhes Notícia
Feto com mais de 25 anos era guardado pela própria mãe depois de ter sofrido aborto espontâneo

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil concluiu inquérito sobre o feto que foi encontrado, em julho de 2015, no Jardim Brasília e que pertencia a uma mulher, hoje com 58 anos de idade, que havia guardado dentro de um vidro de maionese com formol por mais de 25 anos em sua residência. Na época, ela explicou para a polícia se tratar do feto de um filho a qual havia sofrido aborto espontâneo e que resolveu guardá-lo. Até um nome o feto ganhou e foi chamado pela mulher de Jorge.
Segundo divulgado pela polícia, o feto foi encaminhado para o Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo e o laudo apontou que ele realmente possui mais de 25 anos, o que confirma a versão da mulher. O laudo confirmou que o aborto havia ocorrido de forma espontânea, o que descaracteriza crime. Segundo a delegada responsável pela Investigação, Maria Salete Cavestré Tondato, já que ficou provado que não houve crime, o caso será arquivado. “Não há do que acusar a mulher, já que o aborto foi espontâneo e pelo fato de fazer mais de 25 anos do ocorrido, então vamos concluir o inquérito e pedir o arquivamento do caso”, explicou.
Outro fato que chamou a atenção foi a mulher ter pedido para a polícia, quando o feto foi descoberto, para que pudesse tê-lo de volta. “O feto foi encaminhado para São Paulo e não retornou. Neste caso, o próprio IC faz o descarte correto, não havendo a possibilidade de devolver para a mulher”, explicou a delegada.

O caso
Segundo apurado pela reportagem na época, ela mantinha o pote dentro de uma gaveta em uma cômoda. No dia em que o feto foi descoberto, seu marido realizava uma limpeza no local e sem querer acabou descartando o pote junto com um material reciclável. Uma coletora que passava pelo local, estranhou o pote dentro de um saco e ao abrir para verificar constatou se tratar de um feto. A Polícia Militar foi acionada ao local e descobriu onde a mulher morava através do endereço contido em contas que também estavam no saco de lixo. Ao ir até a casa da mulher, ela confessou para a polícia que mantinha o feto em formol e que em maio daquele ano havia completado 25 anos. Na delegacia, ela revelou que na época do ocorrido já tinha um filho, mas que não sabia que estava grávida, dizendo ainda que em um determinado dia sentiu fortes dores na barriga, descobrindo que estava grávida e que estaria sofrendo um aborto. Ela revelou que estava em casa quando o fato ocorreu, tendo pegado embrião e o levado ao hospital, onde foi constatada a morte do feto.

Carinho
Ela disse também que depois de receber atendimento foi procurada pelo grupo de enfermagem na época, que lhe ofereceu o feto em um pote com formol para que ela pudesse levar para casa e mostrar ao marido. “Foi quando peguei o feto do meu filho e o levei para casa. Fiquei triste com tudo aquilo, então o guardei na gaveta de uma cômoda”, comentou à reportagem do    DIÁRIO DE PENÁPOLIS na época. Ela revelou também o sentimento que possui pelo feto. “Tenho isso como um filho que eu não pude ter naquele momento. Às vezes eu pego o pote na gaveta e fico olhando para ele, imaginando como ele seria nos dias de hoje, podendo até ser um jogador de futebol, como o irmão dele é hoje”, revelou.

(Rafael Machi)

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