Polícia: Ajudante sequestrado confessa que o crime era falso

DA REPORTAGEM

Um ajudante de 31 anos, morador do bairro Haroldo Camilo, em Penápolis, teria forjado seu próprio seqüestro, segundo informou o delegado do município, Mauro Gabriel. O suposto crime teria acontecido no dia 10 de janeiro em Penápolis.

O ajudante procurou a polícia informando que teve R$ 476 em dinheiro roubado e registrou o boletim de ocorrência. Segundo o delegado, o fato chamou a atenção da Polícia Civil, por causa de algumas informações que não correspondiam, e que o caso começou a ser investigado. "Achamos estranho algumas informações que ele havia nos passado e que não correspondiam", afirmou. A bicicleta em que ele estava foi encontrada em um bar próximo ao posto de combustíveis onde teria ocorrido o suposto seqüestro. "Conversamos com familiares e proprietários de alguns bares próximos do local e eles confirmaram que o rapaz esteve consumindo bebidas alcoolicas", ressaltou. A suposta vítima foi chamada novamente para prestar depoimento e foi constatada algumas contradições. Outro fato que despertou a atenção foi que o ajudante disse que teria retornado a pé de Promissão, local onde havia sido abandonado, e que no caminho havido dormido, e quando chegou na cidade procurou por ajuda. Mediante os fatos, o ajudante confessou que não havia sido seqüestrado e roubado, alegando que registrou a ocorrência apenas para justificar a falta no emprego e o dinheiro que havia sido gasto em bebidas. Mauro Gabriel ressaltou que ele responderá pelo crime de Falsa Comunicação de Crime, cuja pena varia de um a seis meses de detenção ou multa. (Rafael Machi)