Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

01/05/2015

Pipoqueiro revela orgulho dos 30 anos de profissão

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Além da tradicional pipoca, Carlão vende em seu carrinho, doces, balas e pequenos brinquedos

DA REPORTAGEM

Quem costuma sair aos fins de semana para um simples passeio com a família em alguns pontos da cidade, principalmente na Praça Dr. Carlos Sampaio Filho, está acostumado a ver os tradicionais ambulantes que permanecem na praça vendendo suas pipocas, algodão doce e brinquedos em geral. O famoso “pipoqueiro” é uma figura tradicional em Penápolis, mas infelizmente vem perdendo espaço, pois muitos que assumiram a profissão acabaram desistindo, ou parando por conta da idade e saúde, sem que outras pessoas ocupassem seus lugares, mantendo o ofício sempre cumprido com muito prazer.
Dentre estas figuras, está o senhor Carlos Pereira da Silva, mais conhecido por “Carlão”, que há 30 anos exerce a função nos arredores da praça. Aposentado, ele tira na venda dos produtos de seu carrinho o complemento de sua renda. Segundo ele, os anos na venda das pipocas lhe gerou muitas alegrias, principalmente por causa do contato com as pessoas e as amizades que adquiriu ao longo do tempo. “É claro que não é possível memorizar nomes de todos, afinal foram muitas pessoas em todo este tempo, mas as amizades foram geradas na base do respeito que tenho por elas e elas por mim. Acho que isso foi fundamental para que continuasse na função por tanto tempo”, comentou. Não somente pelas amizades, mas também pelo prazer de estourar pipocas o faz estar na profissão até hoje. Ele revelou que sempre gostou de estourar o milho para fazer a pipoca, para tanto, sempre foi o “estourador oficial” de sua família. “Quando era criança e minha mãe queria comer pipoca, ela pedia para eu estourar, sempre gostei muito, por isso sempre as fiz saborosas e com muito carinho”, revelou. 

Sabores

Esta paixão pela pipoca fez com que Carlão fosse um dos pioneiros a inovar em seu produto e adicionar outros itens além do sal, o que chamou atenção na época. “Fui o primeiro a oferecer na cidade a pipoca com manteiga. Na época virou febre e as pessoas gostaram muito, o que me incentivou ainda mais a continuar no ramo e também a inovar sempre”, disse. Carlão descobriu também que a sua pipoca ficava ainda mais gostosa com linguiça calabresa, queijo provolone, entre outros. Hoje a “onda” da vez é a pipoca com bacon. “Cada época produzia uma pipoca com um item a mais, o que sempre chamou a atenção das pessoas”. Com isso, fui ficando com meu carrinho na praça e até hoje vendo meus produtos, sendo a pipoca com bacon meu carro chefe. Além da pipoca, ele vende doces, balas, chicletes e pequenos brinquedos em geral.
Por conta da dedicação que possui com seus produtos, Carlão lembra de histórias de pessoas que praticamente cresceram comendo sua pipoca na praça. “Entre elas tem a de uma menina que me marcou muito. Ela sempre vinha com os pais na praça e comia minha pipoca. Um dia eles se mudaram para o Mato Grosso e ficaram alguns anos sem retornar. Quando vieram para Penápolis, e a menina já mais crescida, fez questão de vir me cumprimentar e experimentar novamente a pipoca”, contou emocionado. 

Valorização

Carlão reconhece que o movimento de clientes hoje é menor quando comparado à década de 90. “Antigamente o ponto de encontro das pessoas era justamente a praça. As pessoas vinham para cá conversar e o movimento das escolas era maior, as pessoas passavam por aqui e compravam um saquinho. Hoje o movimento é menor, sem dúvida, mas tenho que reconhecer que a tradição se mantém entre as famílias, me possibilitando melhor complemento de minha renda”, ressaltou. Apesar dos poucos pipoqueiros que ainda existem na cidade, Carlão faz questão de demonstrar o quanto gosta do ofício. Para ele, a atividade que exerceu em anos, é algo que faz com muito prazer. “Gosto mesmo de estar aqui, em contato com as pessoas. Venho praticamente todos os dias, só deixo de vir quando chove ou quando estou muito cansado, afinal também tenho que me preocupar com a saúde. Minha filha sempre pede para eu parar, mas enquanto eu tiver condições quero vir exercer a atividade que tanto gosto”, finalizou.

(Rafael Machi)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade