Classificados

VÍDEOS

Residência pega fogo em Penápolis
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

28/08/2008

Pesquisa analisa reações emotivas e afetivas

O problema da ansiedade à Matemática é tema de palestra que será ministrada hoje, na UFSCar, por Leila Feio, doutora pela Universidad de Oviedo, na Espanha. A pesquisadora falará sobre as "Variáveis afetivo-emocionais, comportamentais e contextuais e a relação com os processos de ensino e aprendizagem da Matemática". O evento, que inaugura o I Colóquio sobre Ensino e Aprendizagem da Matemática, acontece às 20 horas, no Auditório 1 da Biblioteca Comunitária da UFSCar.
Durante a palestra, Leila apresentará os resultados de pesquisa que desenvolveu durante seu doutorado, defendido neste ano, na Espanha. No trabalho ela analisou o comportamento de alunos de escolas públicas do Brasil e da Espanha com uma especificidade: esses estudantes recebiam incentivos dos pais a terem bom desempenho em Matemática. O resultado da pesquisa trouxe pontos surpreendentes.
A hipótese de que o incentivo ao aprendizado da Matemática geraria, automaticamente, segurança no aluno não se confirmou na pesquisa. Pelo contrário, gerou mais ansiedade e, em conseqüência, queda no desempenho. Leila identificou três características nas reações das crianças no quadro de ansiedade à Matemática. A primeira está relacionada às reações fisiológicas desagradáveis como taquicardia, mão gelada, dor no estômago e náusea.
As reações de fuga e esquiva constituem o quadro de um segundo aspecto, no qual foi verificada a ausência das crianças nas aulas ou sua saída antecipada da sala. Neste cenário também foram percebidas constantes saídas para o banheiro e uma rapidez na solução dos exercícios propostos pelo professor como forma de "se livrar" da matéria.
A terceira característica diz respeito à construção da crença que o aluno desenvolve sobre o próprio desempenho. O resultado é uma auto-atribuição negativa. O estudante passa a reproduzir discursos como "sou um fracasso em matemática" ou "por mais que tento, nunca vou conseguir aprender".
Um dos argumentos de Leila é que esse quadro de ansiedade à Matemática pode ser revertido. Para isso, é preciso articular os espaços nos quais o aluno está inserido: a família, que em muitos casos contribui para disseminar essa "cultura do medo" da Matemática; a sala de aula, em que professores insistem em ensinar a disciplina de forma mecanizada, sem vinculá-la com o dia-a-dia da criança; e a área clínica, em que se procura fazer uma dessensibilização sistemática desse quadro.
Durante a palestra, Leila deverá mostrar a metodologia utilizada na pesquisa e citar alguns exemplos nos quais foi possível reverter o quadro de ansiedade à Matemática. A atividade inaugura o Colóquio sobre Ensino e Aprendizagem da Matemática da UFSCar, que será coordenado pelo professor João dos Santos Carmo, do Departamento de Psicologia. Ele também será o responsável pela coordenação de um grupo de pesquisa em Psicologia da Educação Matemática, ligada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia. O objetivo é investigar essas formas de reações dos alunos a partir do quadro de ansiedade à Matemática. Esse grupo de pesquisa está vinculado ao Departamento de Educação do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). (A/I)
VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade