Perigo: Chuvas podem aumentar o número de focos da dengue

DA REPORTAGEM

Com as típicas chuvas de verão que estão ocorrendo aumentam as possibilidades de haver novos criadouros do mosquito da dengue em lugares onde não há o cuidado adequado. Estas mudanças no tempo, variando entre sol e chuva, são as mais propícias para a proliferação do mosquito. No ano passado foram registrados mais de 1.400 casos positivos da doença na cidade e um caso de morte em decorrência de dengue hemorrágica. Este ano ainda não houve nenhum caso confirmado, mas a falta de cuidados neste período de chuvas pode agravar a situação. Cidades da região, como Araçatuba e Birigui, já possuem casos confirmados. Uma ação de recolhimento de materiais, que seriam possíveis criadouros do mosquito, foi realizada em dezembro do ano passado pela Prefeitura. Mas, nesta primeira quinzena do ano, a Vigilância Epidemiológica de Penápolis já registrou 43 novos focos num raio de 50 quadras, de acordo com o Índice de Bretau (índice que mede a infestação das larvas e mosquitos da dengue). A encarregada de serviços da Vigilância Epidemiológica, Lucimari Domigues Oliveira, explica que os casos de focos não são somente em lugares expostos às chuvas, mas em locais dentro de casa, como vasilhas que servem de bebedouro para os animais, bandeja externa de geladeiras e pratos de plantas. “Estes são lugares comuns para se encontrar focos. Isso ocorre por que as pessoas não têm tanta preocupação e pensam que estão livres dos criadouros”, comentou. Ela informou que a melhor maneira de combater as larvas destes lugares é através de uma limpeza periódica. Quanto aos bebedouros de animais, recomendamos que se lave com uma esponja, pelo menos, duas vezes por semana. “Quanto as bandejas de geladeiras e pratos de plantas, o ideal é lavar uma vez por semana, e colocar uma colher de detergente que é mais eficaz e mais barato que a água sanitária, já que ela é volátil e evapora rapidamente”, explicou. Existem também muitos lugares que contém materiais que podem servir como criadouros e que ficam expostos, como terrenos baldios e os bolsões irregulares de lixo. “Infelizmente as pessoas acabam descartando seus lixos de forma inadequada nestes bolsões e esquecem dos riscos que correm. Estes lugares possuem muitos recipientes que podem juntar água e se tornarem criadouros”, ressaltou. Para denunciar terrenos baldios que tenham sujeiras e que possam ser criadouros da dengue, as pessoas podem ligar para o setor de Fiscalização de Obras e Posturas, na Prefeitura Municipal. Lucimari finaliza dizendo que o importante é prevenir. “As pessoas precisam ter consciência do perigo que é a dengue e cuidar para que não tenham focos em suas casas, o importante é não deixar água parada”. finalizou. (Rafael Machi)