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CIDADE & REGIÃO
06/03/2008
Perigo: Câmara repudia proposta de usina nuclear para a região
A Câmara Municipal de Penápolis aprovou Moção de Repúdio para o Conselho Nacional de Política Energética pela proposta de construção de usinas nucleares nas regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto. O manifesto, encabeçado pelo presidente do Poder Legislativo, Ivan Sammarco (PMDB), foi subscrito por todos os vereadores da cidade. Segundo informações divulgadas pela imprensa, os municípios de Icém (Rio Grande), Araçatuba e Ibitinga (Rio Tietê), estão cotados para as unidades. “O propalado progresso que viria com a instalação de uma usina nuclear, na verdade será transformado numa bomba-relógio prestes a explodir e varrer nossa região do Estado. Os royalties que os municípios irão receber por comportar uma usina não serão suficientes para fazer frente aos estragos de um possível acidente nuclear, nem as vidas que seriam dizimadas”, diz parte da justificativa da Moção de Repúdio.
O documento lembra o episódio na Rússia, onde quatro mil pessoas perderam a vida no desastre de Chernobyl e o caso do componente nuclear de césio em Goiânia. A Câmara Municipal também diz que as duas usinas nucleares instaladas em Angra dos Reis são “elefantes brancos” que nunca deram resultados positivos, apesar do discurso demagogo de parte das autoridades para justificar investimentos milionários. “O reator para Angra 3 já foi comprado na Alemanha, mas encontra-se armazenado no porto de Hamburgo, em galpão climatizado par não enferrujar e sem data definida para sua instalação . Os resíduos de uma reação nuclear polui o meio ambiente durante 150 mil anos”, acrescenta.
Outro justificativa contra usina nuclear é que a região possui potencial de abastecimento de energia elétrica até 2020 com as usinas de Marimbondo e Ilha Solteira. “Não precisamos de usina nuclear. Além dos riscos de acidentes serem de grandes proporções, temos os riscos ambientais irreversíveis para a fauna e flora. Nosso país tem muitos recursos hídricos e petrolíferos, outras fontes de energia e não precisa colocar em risco a integridade de nossa população. Não somos iguais a países como a França, que depende cerca de 80% de toda a energia elétrica produzida por usinas nucleares ou o Japão, com 90%”.
De acordo com apuração da Câmara Municipal, apesar de mobilização de ambientalistas e adesão de autoridade civis e públicas com coleta de 12 mil assinaturas em Araçatuba e Fernandópolis, o Conselho Nacional de Política Energética, órgão do Ministério das Minas e Energia, continua irredutível na defesa de usinas nucleares para as duas regiões. O vereador Roberto Calez (PT), anunciou que buscará apoio contra as usinas nucleares através de abaixo-assinado nas escolas de Penápolis. Imprensa/Câmara
Foto: Vereador Calez disse que vai buscar apoio das escolas contra usinas nucleares na região
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