Penápolis volta a registrar saldos positivos de empregos

DA REPORTAGEM

Depois de um ano que a geração de empregos em Penápolis foi bastante afetada com os problemas enfrentados pela Usina Campestre, que chegou a paralisar suas atividades no meio do ano e que foi a Leilão Judicial, a cidade finalmente voltou a registrar números positivos no Cadastro Geral de empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho. Segundo as estatísticas apresentadas nesta semana, a cidade fechou o mês de janeiro de 2014 com um saldo positivo de 203 novos empregos gerados. Em janeiro deste ano foram registradas 815 novas contratações contra apenas 612 demissões. O ano de 2013 foi conturbado quanto à geração de empregos, em dezembro foram registrados 365 contratações e 622 desligamentos em Penápolis. Os números são ainda piores no levantamento feito em todo o ano de 2013, quando terminou com o saldo negativo do Caged de 478, havendo 9.051 admissões e 9.529 demissões. Ainda segundo o levantamento feito pelo Caged, em janeiro deste ano o setor que teve mais contratações foi o de auxiliar de escritório, foram 114 admissões com um saldo positivo de 70 novos empregos. Já o setor de costureiro na confecção em série foi o responsável pelo segundo maior número de contratações, 82, e apenas 18 demissões, com saldo positivo de 64 empregos. Em seguida vem o setor de alimentador de linha de produção, que contratou 66 pessoas e demitiu 45, tendo um saldo positivo de 21 novos empregos.

Negativados

Se por um lado existem setores que começaram bem o ano e empregaram mais pessoas do que demitiram, também existem os setores que tiveram queda nas contratações no primeiro mês do ano. É o caso do setor de motorista de caminhão para rotas regionais e internacionais. Segundo o Caged, foram apenas 12 contratações em Penápolis contra 60 demissões realizadas somente em janeiro, o que gerou saldo negativo (-48) para o setor. O comércio varejista também não iniciou bem o ano, já que foram 34 admissões contra 42 desligamentos de vendedores. Os números apontam resultados negativos também para o setor de embalador à mão, que em janeiro contratou apenas uma mão-de-obra, demitindo nove pessoas.

Expectativas

Durante seu programa na Rádio Difusora (820 AM), o prefeito Célio de Oliveira (PSD) disse acreditar que 2014 será um ano diferente para a economia local. Segundo ele, com o início das atividades da Clealco Penápolis, a geração de empregos aumentará consideravelmente, e a população voltará a sentir os reflexos positivos que as contratações devem gerar na cidade. A Clealco Penápolis iniciou seus trabalhos depois de celebração ecumênica realizada na manhã da última segunda-feira (17), marcando a inauguração da unidade e o início da safra 2014/15. O evento foi realizado dois meses depois da posse da Unidade de Produção Independente (UPI) da Usina Campestre, adquirida através de leilão judicial. Para esta safra o grupo pretende moer mais de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 2,1 milhões de toneladas só na Clealco Penápolis. A empresa pretende manter um mix de produção de 50% para etanol e 50% para açúcar. A Clealco também investiu mais 20 milhões de reais para adquirir 12 colhedoras e formar três frentes de trabalho para a terceira unidade. Estas máquinas serão responsáveis por 50% da capacidade da unidade produtiva, sendo que o restante será terceirizado. A Clealco ofereceu pela UPI, R$ 187 milhões, sendo que R$ 97 milhões são ativos para a compra do Parque Industrial que serão parcelados até o ano de 2018 e, o restante (R$ 90 milhões), será destinado ao pagamento de dívidas com a união, conforme previsto no edital de venda da UPI. (Rafael Machi)