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CIDADE & REGIÃO

26/01/2018

Penápolis reduz orelhões em mais de 50% em três anos

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Segundo a Anatel, Penápolis tem apenas um aparelho adaptado para cadeirantes; ele fica no centro da cidade

DA REPORTAGEM

Você, com certeza, já ouviu falar naquele ditado de que “quem procura acha”. Entretanto, em Penápolis está cada vez mais difícil achar telefones públicos para se comunicar. Os famosos “orelhões”, até são encontrados com mais facilidade na área central da cidade, mas quem mora em bairros mais afastados, principalmente naqueles construídos recentemente, tem muita dificuldade de dar um telefonema utilizando os aparelhos instalados nas ruas.
Somente em Penápolis, mais de 57% dos poucos telefones públicos que ainda existiam em 2015, já foram retirados de cena até o fim do ano passado. A constatação foi baseada em informações divulgadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 
Em 2015 a cidade tinha 339 orelhões registrados. Uma média de um orelhão para cada 180 habitantes. Já no fim de 2017, este número caiu consideravelmente e Penápolis tinha apenas 196 aparelhos públicos registrados junto à Anatel. Com isso, o índice subiu para um aparelho a cada 316 habitantes.
Com a tecnologia de hoje, onde uma pessoa pode ter um aparelho de telefone celular de fácil alcance fez com que muitas pessoas deixassem os telefones públicos de lado, o que contribuiu para que as empresas de telefonia deixassem de prestar a instalação e manutenção dos aparelhos. Outro fator que contribui para isso é o vandalismo, que destrói aparelhos e estes acabam não sendo recuperados. Em Penápolis isso também é comum. Aparelhos que permanecem instalados nas calçadas muitas vezes não funcionam, o que acaba prejudicando o usuário.
Ainda sobre os orelhões ainda instalados em Penápolis, segundo a Anatael, dos 196 aparelhos disponíveis na cidade apenas 166 estão acessíveis 24 horas por dia. Os demais ficam dentro de estabelecimentos coletivos que ficam abertos apenas em determinadas horas. Em 2015, este número era de 297.
Também sobre o número de aparelhos telefônicos públicos, um dado preocupante é com relação à inclusão de pessoas com deficiência física ou cadeirantes. Em Penápolis, o que já era ruim ficou ainda pior. Em 2015, acidade tinha apenas 11 orelhões adaptados para pessoas com algum tipo de deficiência física ou cadeirantes. Em 2017, apenas um aparelho supria esta necessidade. Este aparelho, segundo o que foi apurado, fica próximo ao cruzamento da rua Dr. Ramalho Franco com a avenida Luis Osório, no centro da cidade. 
Em 2015, o DIÁRIO DE PENÁPOLIS, já havia mostrado o problema de alguns bairros que enfrentam a falta de telefones públicos e que acontece até hoje. No bairro São Francisco, por exemplo, existem apenas dois telefones públicos, e um deles não funciona. Algo parecido acontece também no Gualter Monteiro, cujo bairro é dividido em duas partes, existindo apenas um aparelho em cada parte.
Se um morador do residencial Gimenes necessitar usar um telefone púbico, ele terá que andar até o bairro vizinho, o São Francisco. Isso porque no bairro não existem telefones públicos.
Projetado nos anos 1970 por uma designer chinesa, o orelhão foi uma encomenda do Brasil para proteger os telefones públicos. Assim foi criado um objeto de vidro ou acrílico, que abafa os sons externos, e uma cobertura oval, que protege o telefone e o usuário da chuva e do sol. As ligações nos aparelhos eram feitas por meio de fichas, mas depois passaram a ser feitas por cartões comprados em bancas de jornal e outros locais. Mas, com a popularização do telefone celular, fica cada vez mais raro o uso do aparelho cuja quantidade existente nas ruas da cidade tem caído gradativamente ao longo dos anos.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, 407 mil orelhões foram desativados nos últimos cinco anos em todo o país. Entre os que sobraram, 81% fazem ou recebem, em média, quatro ligações por dia.

(Rafael Machi)

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