Pedreiro é preso por ameaçar amásia

DA REPORTAGEM

Um pedreiro de 45 anos foi preso na tarde de segunda-feira, 13, através da Lei Maria da Penha, em Penápolis. A prisão ocorreu através de mandado expedido pelo Fórum de Penápolis a pedido da Delegada da Mulher Maria Salete Cavestré Tondatto. Segundo ela, o pedreiro estava, desde março deste ano, impedido judicialmente de se aproximar a uma distância de 500 metros de sua amásia, uma diarista de 39 anos, devido a ameaças que a vítima vinha sofrendo, no decorrer dos meses, de amásio. Ela conta que mesmo com a ordem de distância, o pedreiro teria voltado a ameaçar com uma faca a diarista neste fim de semana. “Na segunda-feira, 13, ele a encontrou na casa de sua mãe, e passou ameaçá-la com a faca”, comentou a delegada. Pelo fato do descumprimento da ordem judicial, o homem teve o mandado de prisão expedido, sendo cumprido na tarde de segunda por policiais militares. A delgada informou que esta não é a primeira vez que o pedreiro é preso por ameaçar a diarista. “Em 2009 ele já havia sido detido por ameaçar a amásia. Porém, em maio de 2010, foi libertado por causa de uma retratação da mulher que retirou a queixa”, revelou. Salete disse que o mesmo homem já havia sido preso, anos atrás, por homicídio de uma ex-amásia. “Ele havia ficado preso por vários anos, porém, em liberdade, voltou a se relacionar e ameaçar a sua atual amásia”, disse. Com a prisão do pedreiro, a Polícia Civil deve concluir o inquérito e o processo será encaminhado para o Fórum de Penápolis à disposição da Justiça. A delegada informou que caso haja ameaça ou qualquer violência contra uma mulher é preciso que ela procure a Delegacia da Mulher para que seja registrada a queixa. “A Lei Maria da Penha é muito importante para manter a integridade de uma mulher, por isso é necessário de que haja a denúncia”, ressaltou. Ela disse também que não realizar a retratação da queixa é fundamental para que não haja novos riscos. “Quando se faz a retratação, muitas mulheres acham que o amásio deva mudar suas atitudes, começando algo novo, infelizmente nem sempre isso acontece, pelo contrário, o agressor passa ser ainda pior, podendo até levar a morte”, finalizou. (Rafael Machi)