Operação “Linha Vermelha” prende quadrilha de traficantes

DA REPORTAGEM

Uma grande operação foi deflagrada na manhã de ontem em Penápolis pela Polícia Civil, que prendeu sete pessoas, sendo cinco homens e duas mulheres, acusados de envolvimento com o tráfico de drogas. Outras duas pessoas também foram presas na cidade de Birigui e em São José do Rio Preto. A operação foi batizada de “Linha Vermelha”, porque, segundo a polícia, era assim que o grupo chamava a linha telefônica usada exclusivamente para comunicação entre eles com assuntos relacionados ao tráfico. De acordo com o delegado assistente da Delegacia Seccional de Araçatuba, Mauro Gabriel, o objetivo da operação foi reprimir o tráfico de entorpecentes praticado no município por indivíduos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). “As investigações se iniciaram há 90 dias através do serviço de inteligência da Delegacia Seccional de Araçatuba, que contou com o apoio de policiais civis de Penápolis”, explicou. Os trabalhos iniciaram por volta das 06h00, e participaram 56 policiais em 13 viaturas da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Araçatuba, além de policiais da Delegacia do Município de Penápolis, 1º Distrito Policial e a Delegacia de Defesa da Mulher, também de Penápolis. 
Foram cumpridos 14 mandados de busca expedidos pela Justiça, além de 10 mandados de prisão. Em uma das residências, policiais do GOE surpreenderam o acusado no interior do imóvel, ainda dormindo, sendo encaminhado para a Delegacia do Município para prestar mais esclarecimentos. Foram realizadas prisões em diversos bairros, como Gualter Monteiro, Silvia Covas, Vila Formosa, Jardim Ipê, entre outros. As investigações revelaram que os presos na manhã de ontem tinham relação com integrantes do PCC que, mesmo custodiados em estabelecimentos prisionais, continuavam a comandar o tráfico de entorpecentes em Penápolis e região. As mulheres presas na operação são acusadas de colaborar com a atividade ilícita cedendo suas contas bancárias para a movimentação financeira do tráfico ou até mesmo guardando os entorpecentes para que fossem comercializados. “Ainda não temos os valores financeiros movimentados na cidade em decorrência do tráfico. Pediremos a quebra do sigilo bancário dos envolvidos e buscaremos outras informações, mas tudo indica que se trata de um valor bastante expressivo”, comentou o delegado. Um dos presos é um dos envolvidos na organização do evento festivo que será realizado no próximo sábado (22), sobre o Orgulho Negro, promovido pela Prefeitura de Penápolis, através da Secretaria de Cultura. Além dos 10 presos em Penápolis e demais cidades, na manhã de ontem, outras quatro pessoas também foram presas durante o período de investigação. 

Apreensões
Durante as investigações realizadas nos últimos três meses foram apreendidos 17 celulares, mais de R$ 7 mil em dinheiro, dois quilos de cocaína e crack e duas armas. 
Na manhã de ontem foram apreendidos dois veículos, um computador e uma pistola 765 municiada com sete cartuchos, e mais 41 do mesmo calibre que foram encontrados na residência. “Ficou comprovado que esta arma foi utilizada em uma tentativa de homicídio ocorrida em Penápolis. O caso ainda está em processo de investigação, dando continuidade aos trabalhos necessários”, afirmou Mauro Gabriel. Em Birigui, um cabeleireiro de 27 anos foi detido em sua residência à rua Rafael Giorjão, no bairro Jandaia 2. No local, os civis apreenderam um veículo BMW, uma moto Titan, extratos de movimentação bancária, computador, celular e R$ 492 em dinheiro. Sua namorada, uma estagiária de 30, foi presa no Jardim Costa Rica, também em Birigui. Todos os homens foram encaminhados para a Cadeia Pública de Penápolis, enquanto as mulheres envolvidas foram levadas para a Cadeia Feminina de General Salgado, estando todos à disposição da Justiça. (Rafael Machi)