Negociações nos Correios: Greve não atingiu Penápolis, mas situação pode mudar

DA REPORTAGEM

A greve dos funcionários dos Correios, iniciada neste domingo (11) em todo o Brasil, poderá chegar às unidades de Penápolis nos próximos dias caso o movimento continue. Até a tarde desta segunda-feira (12) não havia sido registrado a paralisação dos Correios - atendimento e distribuição - na cidade. A greve iníciou no mesmo dia em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) começou o julgamento referente ao plano de saúde, depois que trabalhadores e empresa terem, sem sucesso, tentado chegar a um acordo sobre a questão. Segundo o apurado, a greve já atinge de forma parcial o Estado de São Paulo. A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) informou que a região de Bauru, que abrange a sub-região de Araçatuba, também aderiu ao movimento, entretanto, segundo o apurado pela reportagem, apenas a cidade de Araçatuba havia aderido ao movimento. A expectativa é de que a paralisação cresça nos próximos dias se não houver acordo que atenda as exigências. Desta forma, a greve pode ganhar a adesão de funcionários de Penápolis. Mesmo sem a greve, é comum pessoas reclamarem na cidade de atrasos na entregas de correspondências, uma das reivindicações dos funcionários dos Correios, que alegam que, por conta da falta de pessoal, trabalham sobrecarregados, acarretando o atraso nas entregas. Os Correios informaram que a paralisação parcial ainda não tem reflexos nos serviços de atendimento e que todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis. A estatal informou que a paralisação está concentrada na área de distribuição — levantamento parcial realizado na manhã desta segunda mostra que 87,15% do efetivo total no país estão presentes e trabalhando — o que corresponde a 92.212 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Os Correios informaram que no último fim de semana colocaram em prática o Plano de Continuidade de Negócios, de forma preventiva, para minimizar os impactos à população.

Reivindicações
Entre os motivos apresentados para a greve estão reivindicações como alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; cobrança de mensalidades e retirada de dependentes do plano de saúde; suspensão de férias a partir de abril para carteiros, atendentes e operadores de cargas; redução da carga horária e do salário de funcionários da área administrativa; extinção do cargo de operador de triagem e transbordo (responsável pelo processo de tratamento e encaminhamento de cartas e encomendas); fechamento de mais de 2.500 agências próprias por todo o Brasil; não realização de concurso público desde 2011 e planos de demissão voluntária que reduziram o número de funcionários.

Atrasos
Mesmo que a greve ainda não tenha atingido Penápolis, a população deve ficar atenta, pois a paralisação nos grandes centros pode prejudicar o envio de postagens ao interior paulista, dentre elas, contas e boletos, que podem vencer antes do consumidor receber a cobrança, ocasionando multas pelo atraso no pagamento. Assim é melhor fazer um planejamento do pagamento, observando a época em que as faturas costumam chegar. Se perceber que o prazo do vencimento está perto e o boleto não chegou, o consumidor deve se antecipar, entrando em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa emissora da conta e solicitar outra forma de realizar o pagamento. A greve dos Correios, não justifica o não pagamento de multas e juros em caso de atraso no pagamento.

(Rafael Machi)