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CIDADE & REGIÃO

03/08/2008

Natalidade: Taxa se mantém dentro da média nacional

Acompanhando uma tendência mundial, Penápolis vêm mantendo uma taxa de natalidade bem próxima aos países considerados como de Primeiro Mundo.
O fato foi confirmado pelo secretário municipal de Saúde, Roberto Martins Torsiano, que revelou que o perfil segue o momento em que o Brasil está vivendo, ou seja, apresentando uma queda acentuada de filhos por mãe. “Em Penápolis está ocorrendo uma média de 100 nascimentos ao mês, mas, como na Santa Casa ocorrem partos de mães residentes em várias cidades da Comarca e da própria região, não é possível saber com exatidão o total de crianças de famílias residentes na cidade”, destacou Torsiano. Apesar de os números não serem precisos, o secretário acredita que deste total de partos, ao menos 70 são de pais penapolenses. Os números, garante, acompanham a média nacional que é de 1,8 filhos por mulher.

Controvérsia
O baixo número de filhos por mulher gera uma extensa controvérsia. Enquanto setores da igreja são radicalmente contra um controle, seja por meios oferecidos pelas autoridades, ou mesmo por decisão própria, algumas entidades não governamentais comemoram os números atuais. “O baixo percentual é encarado como excelente, pois demonstra que as mulheres e as próprias famílias estão tendo uma consciência melhor e gerando menos filhos. Mas existem dados neste sentido que são preocupantes”, argumentou o secretário. Ele explica que, como toda média, elas acabam escondendo algumas ‘verdades’ nos extremos. “As pessoas que ainda têm problemas de formação educacional ou mesmo condição sócio-econômica, são justamente as mães que ainda persistem em ter muitos filhos”, observou Torsiano. Ele citou que a Associação Unidos Pela Vida, o Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Saúde têm acompanhado alguns casos que comprovam este problema. “Como exemplo, uma mãe teve há alguns dias seu 12º filho. Já no outro extremo, observamos que mulheres instruídas, bem formadas e com uma situação sócio-econômica favorável, não têm nenhum filho”, relatou o secretário. Ao somar todos os nascimentos, chega-se a citada média de nascimentos por números de mães. Recentemente o Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia divulgou um trabalho que aponta a média de natalidade brasileira praticamente idêntica com ao dos lares europeus. “Ela está ocorrendo muito antes do previsto, pois se imaginava que somente em 2043 o Brasil se igualaria a média daquele continente. Mas, já em 2007 ela foi alcançada”, relatou o secretário.

Problemas
O ponto negativo na redução de nascimentos é visto pelo secretário no aumento na diferença de idade entre a população jovem e a idosa. “O problema aparece na faixa considerada como vegetativa da população. A nação precisa que sua população seja renovada, o que não ocorre com a taxa atual de natalidade. Na década de 1980 o Brasil, em uma pirâmide imaginária da faixa etária, mantinha as formas corretas, ou seja, a base, onde estão os jovens, bem maior. Na seqüência ia se afunilando até chegar aos idosos na ponta da pirâmide”, explicou. Naquele tempo, a européia era totalmente inversa a do Brasil, pois apresentava a base estreita, o meio menor e o cume mais extenso. Com a queda de natalidade a pirâmide também mudou no Brasil, observando-se atualmente a base estreita, o meio, onde está a população de meia idade, maior e finalmente crescendo a de idosos. No continente europeu, para tentar reverter esta situação, alguns governos estão incentivando, até mesmo financeiramente, os pais a terem mais filhos. A baixa natalidade, acreditam, interfere na economia. “Para o Brasil os números ainda não são preocupantes, mas a decisão das famílias de terem ou poucos filhos, ou mesmo não os terem, ainda trará problemas devido à escassez de jovens”, finalizou o secretário.

Terceiro filho
O lar de Aparecida Vieira Soares recebeu esta semana mais um morador. Ana Carolina é o terceiro filho de Aparecida e o primeiro de seu companheiro, Fábio Augusto Rodrigues. O casal se uniu recentemente e, de comum acordo, decidiram, após o nascimento de Ana Carolina, de não terem mais filhos. O custo de vida, que a cada dia se torna mais severo, foi o ponto principal, segundo Aparecida, que pesou na decisão. Aparecida relata que tem sete irmãos, mas, atualmente é praticamente impossível seguir o exemplo de sua mãe. “Três está muito bom”, argumentou. (SRF)

Foto: Torsiano: “As mães que têm problemas de formação educacional ou mesmo condição sócio-econômica, são justamente as que persistem em ter muitos filhos”

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