Museu Histórico apresenta vídeo documentário sobre o TAE

Na próxima sexta-feira, 07, será apresentado à população um vídeo documentário elaborado pelo Museu Histórico e Pedagógico "Memorialista Gláucia Maria de Castilho Muçouçah Brandão", de Penápolis, para resgatar e valorizar a atuação cultural do TAE - Teatro Amador dos Estudantes. A história do grupo, criado em meados dos anos 60, é contata através de depoimentos de ex integrantes e demais pessoas ligadas ao movimento teatral da época. A apresentação pública será realizada na Sala Cora Coralina da Biblioteca Municipal Prof. Fausto Ribeiro de Barros (Praça 09 de Julho 150, Centro), a partir das 19h30. A entrada é franca. Segundo informou a diretora do museu, professora Alessandra Jorge Nadai, a iniciativa tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Educação, que auxiliaram o museu na cessão de equipamentos e demais recursos necessários à produção do material. Ainda segundo informou a diretora, a montagem do vídeo documentário ficou por conta dos produtores Rosana Aparecida da Silva e Paulo Bé. Eles entrevistaram dezenas de pessoas, algumas que fizeram parte do TAE e outras que conheceram o trabalho dele, entre elas Vilce de Souza, José e Beth Waldemarin, Luiz Monteiro, Chico Feitosa, Suzana Viana, Ruth Viana, Maurílio Machi, Adauto Moreira, Flávio Valente, Vilma Valente, Valdir Sena, Enio Soliani, José Maurício Soliani, Osvaldo Viana, Edson Geraissate e Jânio Raimundo. Alessandra Nadai ressaltou que o objetivo de criar o referido documentário, que ficará de posse do Museu Histórico, é enriquecer o acervo da unidade e resgatar historicamente as contribuições culturais que ajudaram a transformar Penápolis em uma cidade rica neste campo. "Além disso as pessoas que não conhecem o trabalho do TAE e as futuras gerações terão como visualizar este material e saber da sua importância", frisou.

Fundação
O TAE foi fundado em 1964 por Maria Tereza Alves Viana, professora de Letras Clássicas e pessoa incentivadora dos seus alunos a leituras constantes de peças teatrais. Foi então que originou-se a montagem da peça "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, que fez grande sucesso e amadureceu a idéia da criação do Grupo TAE. A fundadora Maria Tereza aprofundou seus conhecimentos fazendo cursos de arte dramática com Sandro Poloni, Maria Della Costa e Emilio Fontana, montando, logo após, uma série de peças de alto nível e diversificados gêneros, partindo de simples comédias e chegando até a teatro absurdo: "A Raposa e as Uvas", "As mãos de Eurídice", "O Santo Milagroso", "Esta noite choveu prata", "O Chapeuzinho Vermelho", "O Cavalinho Azul", "Liberdade Liberdade", "Morte e Vida Severina", "Toda donzela tem o pai que é uma fera", "Quarto de Empregada", "O Patinho Feio", "A Ratoeira", "O Mestre", peças estas que receberam vários prêmios. Na década de 60, época de profunda ebulição social no país, Maria Tereza sabendo conduzir e isentar o TAE de atitudes e envolvimentos festivos, além de promovê-lo regionalmente angariou as simpatias dos poderes públicos, que, reconhecendo a sua seriedade de conduta aliada ao seu dinamismo realizador, doou no ano de 1.970 um prédio próprio para o TAE que passou a chamar-se Teatro Municipal "Maria Tereza Alves Viana". Assim, nessa época, Penápolis se colocava entre as cidades possuidoras de um teatro municipal, privilégio com o qual somente 1% das cidades brasileiras podiam contar. O Resultado da fundação do teatro penapolense se fez sentir também no  desenvolvimento de outras atividades culturais da cidade como as exposições de pintura, concertos musicais, festivais de música popular brasileira, entre outros. Secom - PMP

Foto: Cena da peça "O Mestre", uma das montagens realizadas pelo TAE