Museu do Sol retoma exposição da obra "Parque de Diversões"

DA REDAÇÃO

Após passar cinco meses em exposição em Madrid, na Espanha, a obra “Parque de Diversões”, da artista plástica Maria Auxiliadora, está de volta à exposição permanente do Museu do Sol. A entrega à instituição foi realizada na tarde da última segunda-feira (18), por uma empresa especializada no transporte de obras de artes, de São Paulo. 
A pintura participou da exposição “Tupi or not Tupi”, da Fundación Juan March, que mostrou ao público espanhol, entre outubro do ano passado e janeiro desse ano, as obras da renomada arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, autora entre outras obras do projeto do Museu de Arte de São Paulo – o MASP. Segundo a diretora do Museu do Sol, Elizabeth Bergner, é usual que os museus emprestem suas obras para agregarem exposições temporárias de outras instituições no país, como no exterior. “Nessas oportunidades, o acervo fica conhecido por pessoas que sensibilizadas poderão viajar para nossa cidade e conhecer todo nosso acervo”, explica. 
Com 1,40 x 1,40m, “Parque de Diversões” é uma das principais obras da artista – que retrata o cotidiano, sobretudo, dos negros brasileiros, sobrepondo a lógica artística brasileira, que os representam apenas como escravos ou trabalhadores braçais e domésticos. Ao usar técnicas mistas com tinta óleo e massa plástica, bem como, mechas de seu próprio cabelo, Maria Auxiliadora coloca os negros em papéis de destaque e livres do julgo do trabalho pesado, podendo namorar, dançar, passear pela cidade ou simplesmente professar a fé. 

Empréstimos 
Em 2008, a obra participou da grande exposição em comemoração aos 200 anos do Banco do Brasil intitulada “Brasil, Brasileiro”, passando pelas cidades de São Paulo (Centro Cultural Banco do Brasil), Rio de Janeiro e posteriormente pelo Museu de Belas Artes de Santiago no Chile. Na ocasião, em contrapartida ao empréstimo a obra foi restaurada pelo banco. 
Já no início desse ano, a pintura foi exposta no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na exposição “Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência”. Com grande público, a instituição editou catálogo de 285 páginas, no qual entrou duas obras do acervo do Museu do Sol.

(AI/Museu do Sol)