Classificados

VÍDEOS

Residência pega fogo em Penápolis
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

28/06/2009

Museu do Sol: Quadro é restaurado durante exposição nacional

Detalhes Notícia

O Museu do Sol de Penápolis, que reúne importante acervo de arte Naif, participou de uma exposição realizada ano passado no Centro Cultural do Banco do Brasil em comemoração aos 200 anos de fundação desta instituição financeira. A exposição denominada “Brasilbrasileiro Nossa Terra Nossa Gente”, apresentou 69 artistas e 174 obras que vieram de 58 coleções públicas e privadas de seis estados brasileiros, do Sul e Nordeste. Pinturas dos séculos XIX e XX de grandes artistas como Candido Portinari, Benedito Calixto, Cícero Dias, Djanira, Di Cavalcanti, Guignard, entre outros ocuparam no período de 29 de setembro a 04 de janeiro de 2009 o edifício do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo; e de 20 de janeiro a 05 de abril a exposição foi realizada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro. De acordo com a curadora do museu Elizabeth Bergner, a empresa Arte 3, responsável pela coordenação geral e produção executiva da mostra enviou um convite em nome do curador Fábio Magalhães, solicitando especificamente o quadro pintado pela artista Maria Auxiliadora em 1973. “Ficamos surpresos quando recebemos este convite, o que nos deixou honrados pela qualidade da exposição, ficando o quadro junto com mais 65 trabalhos importantes”, revelou. O quadro, intitulado como “Parque de Diversões”, mede 1,40 por 1,40 metros e foi feito em técnica mista. O trabalho apresenta a fala dos personagens através de balões usados nas histórias em quadrinhos. “Os volumes inerentes ao corpo das figuras humanas fica evidenciado por meio da colagem sobre a tela”, destaca a curadora. Durante o período em que foram realizadas as conversações para o empréstimo do quadro, Elisabeth solicitou como contrapartida a restauração do acervo, visto terem sido usados na época materiais primitivos.  Na semana passada, o quadro chegou ao museu com total segurança, acompanhado de um courrier (profissional responsável pela entrega de documentos e encomendas). Além desta obra, outras 40 expostas no museu precisam ser remodeladas após diagnóstico de especialistas em restauração. O Museu do Sol de Penápolis é a única instituição da região a apresentar uma mostra permanente de artes visuais espontâneas e populares, também chamadas de naif - um estilo primitivo de pintar -  que é um termo francês. Trata-se de uma tendência voltada para o aspecto informal da arte, sem formação acadêmica na área. A arte naif é basicamente figurativa, de simples interpretação, na qual o artista representa símbolos do cotidiano e de sua vivência mais próxima. Esse tipo de arte foi reconhecido no meio acadêmico em 1850 e vem ganhando projeção no meio artístico com o decorrer dos anos. “Agradecemos ao Banco do Brasil e a empresa Arte 3 pela consideração que tiveram em restaurar este importante quadro em benefício da arte brasileira”, concluiu. (IA)

Foto: O quadro “Parque de Diversões” foi pintado em 1973 pela artista Maria Auxiliadora

Museu do Sol sofre com falta de recursos

Grande parte dos museus brasileiros sofre com a falta de recursos para manutenção e divulgação de seus trabalhos, e o Museu do Sol não é exceção. Segundo a curadora Elisabeth Bergner, a receita para custeios das despesas necessárias é mínima. “O museu é um patrimônio de toda comunidade, embora seja mantido pela iniciativa privada”, ressalta. Atualmente, a Prefeitura Municipal de Penápolis colabora pagando as despesas referentes à água e energia elétrica. Os demais encargos, como a folha de pagamento dos funcionários, materiais para limpeza e manutenção básica do prédio, bem como os recursos para serviços de arte, educação e dinamização do museu são custeados pela Usina Campestre. “Estamos desenvolvendo um trabalho sobre o histórico do museu e os trabalhos expostos nestes anos para ser apresentado junto ao governo estadual com a finalidade de conseguirmos recursos”, enfatiza. A instituição foi fundada em São Paulo em 1962 por Iracema Arditi. Em 1980, o museu foi transferido para Penápolis, depois que a fundadora visitou a cidade durante uma edição do Salão de Artes da Noroeste. A denominação do museu decorre do fato do sol nascer todas as manhãs e poder revelar para a sociedade o talento dos artistas primitivos. O Museu do Sol é a primeira instituição do gênero criada na América Latina, por isso, é um dos expoentes da arte do noroeste paulista, pois as pessoas não precisam se deslocar até grandes centros para visitar uma mostra diferente. Além disso, a arte primitiva é pouco exposta em mostras de artes ou em museus. Trata-se de uma tendência voltada para o aspecto informal da arte, sem formação acadêmica na área. Esse tipo de arte foi reconhecido no meio acadêmico em 1850 e vem ganhando projeção no meio artístico com o decorrer dos anos. Na região, poucas instituições de arte ou cultura possuem acervos de arte primitiva. Quando existe, o material é muito pequeno. O museu é aberto à visitação, inclusive de escolas, com o objetivo é ser uma aula prática de educação artística, para complementar os currículos escolares. A instituição mantém ainda uma biblioteca específica em música e artes visuais, atelier artístico com trabalho sistemático de arte-educação, estabelecendo um centro vivo de criação. As visitas devem ser agendadas previamente.  (IA)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade