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CIDADE & REGIÃO

25/03/2007

Mulheres enfrentam riscos para alisar os cabelos

As mulheres nunca mediram esforços para ficar mais bonitas. Há séculos, elas se apertavam em espartilhos para manter a cintura fina. Na China e no Japão, chegaram a enfaixar os pés para que parecessem menores. Agora, as loucuras ultrapassam as dores da depilação. Muitas mulheres estão colocando a saúde (e até a vida) em risco para manter os cabelos lisos e sem volume.

A morte de uma dona-de-casa de 33 anos em Goiás, nesta semana, levantou a polêmica sobre as novas técnicas de alisamento. Maria Ení da Silva, de 33 anos, morreu depois de se submeter a uma escova progressiva. Segundo a família, ela aplicou uma mistura de cremes e formol em um salão de cabeleireiros no sábado, 17, e foi orientada a não lavar os cabelos por três dias. Nesse período, ela reclamou de dores de cabeça, falta de ar e coceira. Na terça-feira, 20, passou mal, foi levada a dois hospitais e morreu. A polícia investiga as hipóteses de intoxicação ou reação alérgica.

 

O procedimento

Não é difícil encontrar um salão onde é possível fazer a escova progressiva, também conhecida como gradativa. A promessa é que, em uma ou duas horas, a mulher saia com as madeixas lisas. O preço médio varia de R$ 150 a R$ 800. "Eu acho que vale a pena. Já fiz duas vezes e não me arrependo", afirma a fisioterapeuta Regiane Salles Vieira. "Na primeira vez, estranhei o cheiro forte e fiquei com os olhos ardendo no dia. Mas, depois de lavar, não tive mais problemas e adorei ter cabelos lisos", comenta ela, que originalmente tem cabelos ondulados. 

O processo é semelhante em diversos estabelecimentos: a cabeleireira lava a cabeça da cliente com xampu de limpeza profunda e, depois, aplica o creme para alisar os cabelos (é nessa mistura que o formol pode ter sido utilizado). Em seguida, é feita uma escova normal e a modelação com uma chapinha.

Algumas mulheres são orientadas a não lavar a cabeça por três dias. Em outros casos, a lavagem pode ser feita após 24 horas. "Isso depende dos produtos usados", explica a dermatologista Denise Steiner, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

E é exatamente o produto que deve ser o alvo da atenção de quem quer ter os cabelos lisos. Em primeiro lugar, as clientes devem checar o creme que será usado no procedimento e verificar se ele é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quem costuma ter alergias pode fazer um teste do creme no próprio braço. "É só colocar um pouco de creme e esperar para ver se aparece alguma reação. Se houver vermelhidão ou coceira, é melhor desistir desse produto", afirma Denise.

 

Produto proibido 

Depois de checar se os cremes estão em conformidade com a Anvisa, é necessário conferir se o profissional usa formol na mistura aplicada nos cabelos. Apesar de negarem a prática, muitos cabeleireiros usam essa substância para garantir a manutenção do resultado. De acordo com a Anvisa, "o formol é uma solução de formaldeído, matéria-prima com uso permitido em cosméticos nas funções de conservante (limite máximo de uso permitido 0,2% - Resolução 162/01) e como agente endurecedor de unhas (limite máximo de uso permitido 5% - Resolução 79/00 Anexo V)". Acima desses percentuais, o formol é proibido. A assessoria da agência informa que o formol causa queimaduras nas vias respiratórias, irritação nos olhos e é cancerígeno. Se perceber que o cabeleireiro vai usar formol, os médicos recomendam que a pessoa desista do alisamento, procure a Vigilância Sanitária da cidade e denuncie.

O dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cabelo, comenta que produtos com tioglicolato, guanidina e amônia podem ser usados nos salões livremente e dão bons resultados. A duração do alisamento varia de acordo com o cabelo e com o número de lavagens. "Em alguns casos, a escova progressiva dura seis meses. Mas os fios de cabelos novos nascem naturais e ficam armados, sem o efeito do produto", explica a dermatologista Denise Steiner. (FO)

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