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CIDADE & REGIÃO

03/03/2007

Mulher: Serviço especializado atende vítimas de violência sexual

Pessoas que foram vítimas de violência sexual, especialmente as mulheres, que são o alvo mais freqüente, têm sido amparadas e atendidas de forma diferenciada em Penápolis. O trabalho é prestado pelo SAE (Serviço de Atendimento Especializado), unidade mantida pela Secretaria de Saúde do município e que engloba o Ambulatório de DST/HIV/Aids.

Trata-se de um trabalho de intercâmbio com a Polícia Civil, que encaminha as vítimas ao atendimento. Porém também são acolhidas aquelas pessoas que não querem prestar queixa por algum motivo particular, garantindo a elas o direito do sigilo. Segundo explicou a enfermeira Eneida Rodrigues Sanches, que coordena o serviço, apesar da maioria das pessoas procurarem a polícia para denunciar o agressor, também existem aquelas que não querem prestar queixa por algum motivo que consideram importante para elas.

Eneida informou que nestes casos é respeitada a opção, garantindo o sigilo daquele problema e evitando o que muitos encaram como constrangimento. Ela frisou que trata-se de uma forma de conseguir atender mais pessoas nestas condições. “Infelizmente ainda existe quem tem medo ou vergonha de denunciar.

Pode ocorrer de haver a violência sexual e da pessoa necessitar de ir ao Pronto Socorro mas não fazer isso por medo da polícia ser acionada ao chegar lá” – contou. “Isso é muito triste mas é uma realidade, e nós precisamos socorrer de qualquer forma quem está nesta situação. É por isso que implantamos um procedimento de praxe no Pronto Socorro; quando chega uma vítima dessa natureza, é verificado o interesse de comunicar a polícia. Mesmo que ela se negue será acolhida pelos nossos profissionais assim como aquelas que são encaminhadas pela Delegacia da Mulher, sem preconceito ou discriminação” – relatou Eneida. Ela esclareceu que não se trata de proteção aos agressores, e sim uma forma de atingir a todos que precisam de ajuda. “Se não for assim muitos casos podem permanecer no anonimato, trazendo doenças à vítima, inclusive a aids. Sem contar que crianças podem vir ao mundo como fruto de um crime, de forma indesejada e sem a estrutura de uma família” – completou.

 

72 Horas

A enfermeira ressaltou, porém, que a procura pela ajuda nos casos de estupro deve ser rápida, no máximo até 72 horas após o ocorrido, no que diz respeito ao aspecto da saúde. “Após este prazo fica mais difícil conseguirmos prevenir com os medicamentos a transmissão de doenças e a gravidez indesejada” – disse.

“Dentro deste prazo é possível impedir com sucesso a transmissão das doenças e a gravidez. Fazemos a profilaxia da sífilis, gonorréia, clamídia, cancro mole, tricomoníase e infecção do HIV. Todos os medicamentos são gratuitos, assim como o anticoncepcional de urgência, também conhecido por pílula do dia seguinte” – explicou Eneida, relatando ainda que existe a realização de diversos exames laboratoriais, consultas médicas e acompanhamento integral de cada caso por equipe multidisciplinar.

O serviço, que também atende vítimas de outras seis cidades pertencentes ao Consórcio Intermunicipal de Saúde (Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Braúna, Glicério e Luiziânia), funciona em prédio anexo à Clínica de Especialidades. O telefone para informações é o 3652-3937.

 

Dia da Mulher

A enfermeira Eneida faz um apelo à comunidade, aproveitando o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher: para que as vítimas de violência sexual procurem o serviço especializado e usufruam dos seus direitos.

“Neste mês em que todos falam sobre o papel da mulher e suas conquistas, infelizmente também temos que lembrar que elas continuam, apesar dos progressos, sendo vítimas de graves crimes. A violência sexual é um deles” – lembrou ela.

“É preciso denunciar e procurar ajuda profissional. No SAE procuramos dar toda a assistência necessária, atender com humanidade e proporcionar o bem-estar de quem sofre o crime, sem preconceito, sem discriminação. Não é preciso ter vergonha de procurar ajuda, já que a vergonha é de quem comete este ato condenável”. Secom – PMP

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